29 de julho de 2010

Um amor que nunca morrerá!


Até hoje ainda não encontrei uma definição melhor para amizade do que aquela atribuída a Shakespeare. Segundo ele, “os amigos são a família que nos permitiram escolher”, e são.
Interessante igualar os amigos à família. Porque família para mim é sinônimo de abrigo, proteção e cumplicidade. É aquele amor que a gente não consegue explicar. Ele simplesmente existe e pronto!
Amizade também é assim (mas me refiro apenas àquelas que são verdadeiras).
Porque os amigos são os braços abertos para os quais você corre quando acha que não pode, ou não deve, contar com sua família.

São eles também que tem aquele mesmo discurso materno na ponta da língua, para aquele momento “pós-burrada”. E aqueles que possuem ansiedade para aplaudi-lo, quando enxergam a sua vitória e superação.

Amigos também são companheiros de festa, a diferença é que eles não saem de fininho quando percebem algum problema. Amigos ajudam a resolvê-lo.
Amigos adoram sorrir ao nosso lado, mas quando a ocasião só permite lágrimas, eles também estão presentes. Há outros que são como super-heróis: só aparecem para enxugá-las e com a missão especial de colocar o sorriso novamente em nossos lábios.

Amigos com “A” maiúsculo nos conhecem bem, assim como nossa família... e mesmo conhecendo o nosso lado bom e, principalmente, o ruim, ainda nos amam. E está aí a semelhança entre eles. Ambos trazem consigo um amor incondicional.
E não há nada que destrua uma amizade verdadeira. Nem o tempo, nem a distância, muito menos o “mau-olhado”. Porque nossos amigos nos amam sem se importar com nada... apenas nos amam e ponto!
Eu, particularmente, me considero uma pessoa de sorte, porque além de contar com a amizade da minha família, tenho vários amigos que, para mim, são como irmãos!

São amigos que encontrei ao longo da minha vida e nas mais diferentes circunstâncias. Anjos aos quais devoto um amor incondicional e que enchem a minha vida de alegria com cada uma de suas peculiaridades. E por serem diferentes é que cada um me torna uma pessoa mais completa!
Finalizo com uma frase do Mário Quintana e faço minhas as palavras dele...
...”Amizade é um amor que nunca morre”.



Dedico este texto a todos os meus amigos. Saibam que amo muito vocês, incondicionalmente.

21 de julho de 2010

Depois do amanhã

E quando questionada sobre como estava, ela disse:
- Nunca se preocupe comigo porque eu tenho estado morta. Fora do meu corpo, fora da minha mente, distante de tudo aquilo que é bom e que faz bem!
Ele, na tentativa de salvá-la:
- Então deixe-me trazer para você a felicidade.
- É difícil conseguir... acho que sou melhor assim que feliz.
- Ouça: eu não vou desistir de você!
E com o passar dos meses, cansado de percorrer uma via de mão única sem chegar a lugar algum, ele desistiu. E mesmo a amando decidiu se afastar. “Amor que é amor não machuca, não maltrata e nem nos faz sofrer”, pensava todas as noites antes de dormir, com o objetivo de justificar a sua ausência.
Ela o esperou e depois de muito tempo se deu conta de que ele não iria mais voltar. Nunca em sua vida havia se decepcionado tanto. E, a partir de então, friamente, decidiu seguir em frente... e para não ceder à vontade, quase incontrolável, de procurá-lo pensou consigo mesma: eu estava certa... esse tal amor não existe .
Elaborava todos os dias um comportamento diferente para o caso de encontrá-lo. Entre as suas opções estavam, dizer a ele o quanto tinha sido cruel a sua partida, e ignorá-lo, que era a opção mais provável.
E por mais que desejasse vê-lo, para ter o gostinho de mudar de calçada, ela nunca mais o viu.
Como o mundo dá voltas, para eles não foi diferente. O tempo passou, e ambos tomaram caminhos diferentes.
Ela se tornou uma empresária de renome e, em prol do seu sucesso, decidiu não viver a sua juventude. Permaneceu cética e os poucos relacionamentos que manteve, nada mais foram que uma relação de troca de interesses. E quando percebia algum envolvimento, por menor que fosse, fugia e usava a desculpa de que não iria se comprometer com algo que pudesse atrapalhar o seu solitário lado profissional.
Certa vez, em uma entrevista a um jornal local, foi forçada a voltar àquele passado que ela mesma julgava já ter sido esquecido.
- E então... você é uma executiva de sucesso, já chegou no pico da sua carreira...
- Obrigada...
- Não pensa em se casar?
Ao ouvir a pergunta, sentiu seus pés saírem do chão e, ao mesmo tempo, atar um nó na sua garganta. A poeira das lembranças irritou seus olhos e para disfarçar, sorriu. E depois de três intermináveis segundos, respondeu:
- Áh, não... eu não acredito no amor! – e gargalhou suavemente.
Enquanto sorria o seu sorriso mais convincente, era atentamente observada do outro lado da cidade.
Ele não teve a mesma sorte nos negócios. Era dono de um restaurante modesto, mas bem freqüentado. Não era rico e nem tinha um carro importado. Concluiu a faculdade de música com sucesso, da qual era um dos melhores alunos, mas quis o destino que esse sonho não prosperasse. O seu negócio, que nada tinha a ver com os acordes musicais, não movimentava grandes quantias em dinheiro e o sonho de tocar violão às margens do Sena, cedeu lugar ao pão que deveria levar para casa.
Apaixonou-se algumas vezes, mas da mesma forma que a paixão chegava, ia embora.
Seu pai faleceu enquanto ele ainda estava na faculdade e, desde então, tornou-se o homem da casa. Pensou na sua cozinha como um grande instrumento e com a sua criatividade passou a sustentar a mãe e a irmã, sem lhes deixar faltar nada.
Ao vê-la pela televisão, sentiu o mesmo nó dificultar a sua respiração, e incrédulo voltou ao trabalho.
E para ele, mesmo depois de todos os anos que se passaram, ela continuava a mesma. Sua pela ainda era bastante clara e os cabelos, que outrora eram presos, deram lugar a um corte mais moderno e descontraído, que nada parecia com a sua personalidade. Os olhos eram pretos e brilhantes, como se permanecessem constantemente cheios de lágrimas e o sorriso, embora um pouco falso, era inebriante.
Naquele momento, relembrando aquela afirmação disfarçadamente sarcástica sobre o amor, ele se perguntou se ela havia sido feliz como ele, apesar das adversidades, fora. Concluiu que não. E sentiu o coração sangrar quando passou pela sua cabeça que ele poderia ser o responsável por ela viver em um mundo em tons de cinza. Naquele dia não conseguiu concentrar-se em mais nada.
Ao sair da emissora, ela pensou na possibilidade dele a ter visto na T.V e, ao olhar o relógio que marcava nove e quarenta da noite pensou: ‘Nem pensar... numa hora dessas ou ele está contando história para os filhos dormirem, ou está com a esposa’, e não pensou mais sobre o assunto.
No dia seguinte, ela pegou o primeiro vôo à Paris. E como não poderia ser diferente, não se ateve a nada que não fossem os contratos que estavam prestes a serem assinados.
Depois de uma semana, voltou ao Brasil, e do aeroporto foi direto para o seu escritório. Estava cansada e nem podia ouvir falar em visitas. Ao chegar, deu ordens à sua secretária de que não queria ser interrompida... ‘– Nem pelo papa!’, brincou.
Depois de algumas horas sentada na sua confortável poltrona, ouviu o telefone tocar.
- Senhora, tem um senhor aqui que insiste em vê-la!
- Eu já lhe disse que não estou aqui para ninguém.
Ao perceber que sua entrada seria negada, ele disse em alto e bom som:
- Diga a ela que é o papa!
Ao pensar que o que havia passado em sua cabeça era impossível, disse a secretária que o fizesse entrar.
Ao vê-lo, se recusou a acreditar. Ele estava bem diferente da última vez que o vira. Continuava alto e forte como antes, mas sua pele já possuía algumas marcas feitas pelo tempo. Seu cabelo que antigamente era negro, já abrigava alguns fios brancos. O corte era o mesmo... a forma como se movimentava enquanto ele andava também. Seus rosto, embora visivelmente cansado, mantinha o mesmo brio. Seu olhar não tinha mais o mesmo brilho, mas continuava a ser o mais terno que ela já havia visto.
Fingiu não reconhecê-lo.
- Bom dia! O senhor deseja...
E antes que concluí-se, foi interrompida.
- Você não sabe mentir! – sorriu.
- Você não me conhece mais! – retrucou.
Silêncio.
- Eu a vi na televisão. Fiquei bastante surpreso, sabia?
- Por que? Achou que eu seria incapaz de vencer na vida?
- Não! Não foi por isso... me surpreendi porque, mesmo depois de tanto tempo, você continua a mesma.
- Engano seu! Eu mudei muito, principalmente...
- Principalmente depois de eu não a ter procurado mais? – ele completou já sabendo qual seria a resposta.
- Você não era tão pretencioso assim...
- Não é pretensão.
- Não?! O que é então?! – olhou-o como se quisesse matá-lo.
Sem ouvir resposta ela continuou.
- Você pensa que tem todas as respostas, não é?! E que pode confiar, cegamente, nelas! Sempre sabe o que fazer... sempre sabe o que é certo e qual o momento certo para tudo... não se importa com ninguém... só consigo mesmo!
- Você não sabe o que está dizendo!
- Sei... sei sim! Porque foi assim que agiu comigo!
- Eu continuei pensando em você por muito tempo! Por anos eu continuei te amando!
- Pois eu não! A partir do momento que me baniu da sua vida, para mim, você já estava morto.
- Mas não estou! E estou aqui agora! Vai se acovardar novamente? – quis desafiá-la.
Estava irritada demais para respondê-lo, ou melhor, furiosa. E sem pensar duas vezes tentou, sem sucesso, esbofeteá-lo.
Ele ainda era ágil e antes que a palma daquela mão tão delicada alcançasse o seu rosto sofrido, ele a segurou fortemente. Olhando fixamente em seus olhos sentiu o coração disparar. Sem mais conseguir resistir ele a puxou para perto de si, ainda com muita resistência, e a abraçou. Ela que ainda relutava contra aquela aproximação, aos poucos foi sentido o calor do corpo dele amenizar a sua solidão, e, sem perceber, ela também o envolveu com seus braços.
Conversaram muito. Ela contou sobre como tinha sido difícil e sacrificante chegar aonde estava e sobre a decisão de colocar a vida profissional acima de qualquer outra prioridade. Ele contou dos bons anos que passou na faculdade e também da tristeza que fora a perda do pai. Contou ainda sobre o seu restaurante e sobre o seu azar na música.
- Mas mesmo assim... mesmo com toda barra que passei... acho que consegui ser feliz. – disse ele sorrindo.
- Eu não tive essa sorte... – disse com uma voz chorosa e um sorriso sem graça.
Agora sim, ela estava desarmada, entregue.
Sem pensar muito ele a abraçou novamente, afagou os seus cabelos por alguns minutos, a fim de fazê-la se sentir segura. Conseguiu.
- Lembra-se de quando eu lhe disse que não desistiria de você?
Ela apenas o olhava.
- Hoje vejo que não desisti... mas dessa vez, você não tem escolha...
Ela permanecia olhando-o nos olhos, mas naquele momento, assustada.
Ele continuou aproximando-se cautelosamente, como se não quisesse machucá-la, e quando já sentia o calor da sua respiração descompassada a beijou.
- Dessa vez você não tem escolha... eu vou lhe fazer feliz!
Embora ambos quisessem que aquele momento durasse eternamente, o tempo não os obedeceu... e passou.
Ela, após ter alcançado sucesso em mais um ramo do setor dos negócios, foi chamada a dar uma entrevista para a mesma repórter de tempos atrás.
Assim que ela acabou de responder a última pergunta que dizia respeito ao seu empreendedorismo sorriu, como se já soubesse qual seria a próxima pergunta.
- Vejo que você está com uma aliança na mão esquerda!
Ela gargalhou satisfeita.
- Passou a acreditar no amor? – continuou a repórter entre algumas gargalhadas.
Ela olhou o seu marido sentado atrás das câmeras, o bebê que ele segurava junto ao seu peito e sorriu... sorriu também com a alma... o sorriso mais sincero de sua vida.
- Se eu passei a acreditar no amor? – gargalhou – Claro que não! Só estou realizando um sonho... Eu sempre quis ter uma rede de restaurantes e ser empresária de uma banda! – continuou gargalhando.
Ao dizer isso, ela voltou a olhar para aquele homem que tanto a fazia feliz e que naquele instante gargalhava com a sua resposta. Ao olhá-lo, percebeu que havia ali um outro sorriso... uma outra gargalhada... e que mesmo este sendo sem dentes, era o mais lindo que já tinha visto em toda a sua vida!
Naquele momento teve certeza de que era feliz... de que era completa... plena.

20 de julho de 2010

As voltas que o mundo dá!


Que o mundo dá voltas?! Disso eu sempre soube...

Que é preciso estar atento para que o acompanhemos?! Isso eu estou descobrindo agora.

Tudo muda. E por mais que doa, por mais que seja difícil, às vezes temos que abrir mão de algo em prol da nossa felicidade. Porque felicidade é isso... felicidade não vem pronta... não se compra... felicidade se constrói. As lágrimas de hoje, certamente, serão os sorrisos de amanhã.

Às vezes nos vemos presos a uma realidade que não nos pertence... que estamos vivendo pelo simples medo de perder o que nos parece concreto. Mas o tempo passa... e a gente se cansa.

Se cansa da espera... das expectativas frustradas... da angústia diária... da via de mão única que teimamos em percorrer sozinhos.

É nesse momento que se faz necessário parar.

Parar, pensar, escolher e seguir adiante.

Como eu já disse, o mundo dá voltas e ele não espera enquanto tomamos uma decisão.

19 de julho de 2010

Season Finale!

“- Não tem medo de morrer?
- Tenho porque estou vivo, não teria se estivesse morto!
- Alguém ligaria se o mundo perdesse essa sagacidade?
- Estou trabalhando!
- Tudo bem... não precisa dizer nada! Deixe-me falar ao seu subconsciente... Você acha que a única verdade que importa é a que pode ser medida... Boas intenções não contam. O que há no coração não conta. Se importar não conta. Mas a vida de um homem não é medida pelo número de lágrimas derramadas quando ele morre. Só por ser impossível contá-las, só por ninguém querer contá-las, não significa que não sejam reais.
- Isso não faz sentido.
- Mesmo se eu estiver errado, você continua sendo infeliz... Achou mesmo que seu destino era se sacrificar e não receber nada em troca? Não. Você acha que nada tem uma razão de ser. Despreza até as vidas que salva. Pega a única coisa da sua vida e a estraga, a despe de significado. Você é infeliz à toa. Não sei porque quer viver.
- Sinto muito! (Chorando).”



(Diálogo entre House e seu quase assassino. 24º capítulo da 2ª temporada)

15 de julho de 2010

Everybody Lies!

Férias!
Áh... como eu estava precisando de um descanso!
Mais que isso, estava precisando de uma dose quase que diária de irresponsabilidade. Poder acordar ao meio-dia e ainda dormir a tarde inteira sem me sentir culpada!
Hoje percebo o quanto estava cansada... exausta... saturada!
E apesar de ser muito tentador, não tenho gastado o meu tempo apenas babando no sofá! Meus dias não tem sido puramente óssio! Tenho investido muito na minha futura independência, e o tempo que me resta, gasto-o com aquilo que mais amo: a medicina! E como não posso passar as 24 horas do meu dia em um hospital, encontrei uma forma mais sutil e fantasiosa de dar os meus plantões imaginários.
Comunico que tornei-me uma Housemaníaca! Aquele brilhante médico, desprovido de boas maneiras e de uma rude honestidade me consquistou.
Talvez seja por ser sempre verdadeiro, sem sequer se importar no que o seu excesso de sinceridade causará nas outras pessoas! Acho que todos nós, em algum momento, gostaríamos de ser assim: falar tudo o que vier na cabeça sem nenhum receio! Expor os sentimentos de uma forma mais agressiva... ou até fugir quando o peso for demais para se carregar sozinho! Infelizmente, por muitas vezes, priorizamos o bem-estar alheio acima do nosso.
Não! Não acho que tal atitude seja de todo errada, mas como dois corpos não ocupam, ao mesmo tempo, o mesmo lugar no espaço, creio que devemos ser prioridade para nós mesmos!
Pensamento egoísta? Áh... não me entendam mal! Apenas acredito que a harmonia é sempre alcançada com o equilíbrio, e viver somente pelos outros ou concentrarmos no nosso próprio umbigo está longe de ser uma atitude equilibrada! Na vida o que é certo passa longe de ser ‘8 ou 80’! Está mais para 80 ou 8+0=8, tudo depende de um ponto de vista!
E como se não bastasse, como diria o meu querido Greg “Everybody lies!”; traduzindo, “todo mundo mente”. E pensar que podemos ser demasidamente altruístas por um mentiroso... Áh... já é um bom motivo para pensar duas vezes sobre nossas prioridades!
Tudo isso só se aprende com a vida, com a experiência... Acho que o Greg pensa assim. E quanto a mim... bom, ainda estou no caminho!

6 de julho de 2010

Saudades...

Alexandre,

nem sei como e nem por onde começar, afinal, há tanto tempo que não conversamos. Às vezes me custa acreditar que se passaram 15 anos, 7 meses e 5 dias. Parece que foi ontem que voltei da escolinha sob os seus ombros...
Áh... como me encantava enxergar o mundo de cima! Do alto dos seus mais de 1,90 de altura, tudo parecia-me diferente e eu, mais crescida... mais adulta... mais forte!
E não se contentando em me fazer sentir assim em apenas alguns momentos, você quis que eu crescesse mais rápido né, Dedê?!
Mas para isso, você tinha mesmo que partir?!
Por muitas vezes, na minha infantil ingenuidade, acreditei que eu estava apenas vivendo um pesadelo do qual, por algum motivo, não estava conseguindo acordar... mas o tempo foi passando e tudo permanecia igual.
Então, para aliviar a saudade, comecei a imaginar que você tinha feito uma longa viagem e que, há qualquer momento, eu o veria entrando pela porta de vidro daqui de casa, já que a chave continuava sendo a mesma (talvez na esperança do seu regresso!)...
E mais uma vez o tempo passou... o tempo passou e não vi você chegar!
Muitas vezes, como agora, fico pensando em como seria a nossa vida se você ainda estivesse entre nós... será que já estaria casado? E o seu haras, será que o haveria construído? E os filhos... será que você já seria pai?
São perguntas, Dê, que eu jamais saberei a resposta... mas ficar pensando nisso antes de dormir, me faz sentir mais próxima de você... então, saiba que já criei mais de 1001 futuros para nós!
E por falar em futuro, lembra-se dos nossos planos? Da minha valsa de 15 anos, da minha medalha por boas notas que você me daria quando eu completasse os meus estudos? Lembra-se quando me disse que me ensinaria a andar a cavalo? Se lembra também de quando eu dizia que quando crescesse seria médica? Ainda se lembra, Dê, que você disse que eu ia ficar linda de branco? Áh... você se lembra de quantas vezes me disse que ia ser um irmão ciumento e que não iria me deixar namorar?
(risos)
De todos os nossos planos, Dê, apenas um não se concretizou... afinal, não teria graça vestir aquele vestido cor-de-rosa, pentear o meu cabelo cacheado ‘de lado’ e não dançar a valsa com você também!
Já a medalha que me prometeu, recebi pelas mãos da diretora do Colégio.
Se eu sei andar a cavalo?!
É claro que eu sei! Não sou uma amazona, mas ainda tenho tempo para me aperfeiçoar!
Bom, quanto ao meu vestibular, consegui passar em medicina, já me visto de branco, e modéstia à parte, sou uma das melhores alunas da sala! Sei também que se você estivesse aqui, se orgulharia de mim!
E quanto ao ciúmes, pode se acortumar! Porque eu não pretendo ficar para titia! (Risos!)
Certa vez, que não sei ao certo quando foi, Gandhi disse: “O que quer que você faça em sua vida será insignificante, mas é muito importante que você o faça.”
Eu concordo com ele... O que quer que façamos em nossas vidas pode até ser insignificante, mas é muito importante que o façamos... e sabe porque, Dê? Porque ninguém mais o fará!
Só depois de muito tempo pude ver o quanto você realizou em nossas vidas. Marcas que pertencem a você e que ninguém, jamais, conseguirá imitar!
Esteja certo de que as impressões digitais que você deixou nas vidas em que tocou, não se esvaíram... ainda permanecem todas intactas!
Dê, Mamãe me perguntou o que eu diria se soubesse que você pudia me ouvir...
Agora eu sei:
- Eu te amo muito... e... Meu Deus! Como sinto a sua falta...
Saiba... não esqueço você nem por um segundo sequer... e onde quer que eu vá, sempre o levarei comigo... SEMPRE!