18 de fevereiro de 2013

Um




Há tempos pensei em escrever algo sobre nós dois. Quis expor tudo o que sinto de imediato, mas sempre ficava aquela sensação de que muito não seria dito. Para ser sincera, continuo com a mesma impressão; mas a vontade de dizer ao mundo o que se passa aqui dentro do meu peito, supera qualquer outro motivo que possa, por ventura, me calar.
Para começar, seria bom dizer como e quando tudo isso começou; porém não o farei. Já que na verdade, nem nós mesmos sabemos onde se encontra ao certo o nosso ponto de partida. Apesar de comemorarmos, para nós não existem datas, todos os dias são como o primeiro. E além disso, existe aquela velha sensação de que não nos descobrimos por acaso; não houve um encontro, muito menos um começo. A verdade é que nos reencontramos e recomeçamos do ponto onde, algum dia, havíamos parado.
É difícil querer que as outras pessoas entendam o há entre nós, quando até nós mesmo nos perdemos na busca por um sentido. Um dia, todos trocarão as explicações pelo inexplicável (assim como fizemos), e então o mundo saberá que nascemos para ser, ao mesmo tempo, plural e singular. Saberão que já não existe mais ‘você’ ou ‘eu’. Agora somos nós, dois em um.
 Pode parecer precipitado a outros olhos afirmar tudo isso com tanta veemência. Mas é como eu já havia dito, somente os nossos corações conhecem e entendem o que sentimos um pelo outro. Nós somos como presentes que o destino, cuidadosamente, preparou. Somos as respostas de todos os nossos questionamentos e a solução que nem sabíamos que buscávamos.
Eu sempre digo que não acredito em acaso e, ao seu lado, parece um absurdo ainda maior acreditar que tudo possa ter acontecido sem motivo.
Eu sempre nadei contra a maré. Sempre fui a pessoa que acreditava e confiava mesmo quando tudo me provava o contrário. Sempre fui daquelas que teimavam em sufocam a razão e deixavam a emoção falar mais alto. Agi assim incansavelmente, até ser convencida de que a realidade não passava nem perto dos ‘sonhos’ que eu vivia. Me tornei cética e descrente. E foi nesse momento, no pior deles, que você apareceu.
A princípio eu quis ignorar o óbvio e acreditar que, entre nós, nada era diferente. Mas é difícil lutar contra os fatos. Hoje percebo que somos mais por estarmos juntos. Não só nos completamos, mas transbordamos as nossas almas de tudo o que precisamos para sermos realmente felizes. Às vezes, continuo me perguntando: ‘por que nós dois?!’ Sigo sem encontrar explicações, mas acreditando que descobriremos o motivo juntos, diariamente. Tenho certeza,  mesmo sem saber como, que o que há entre nós não é passageiro. As estradas que percorremos e os obstáculos que enfrentamos nos trouxeram até aqui. De hoje em diante caminharemos juntos e chegaremos de mãos dadas onde a vida quiser nos levar.
Eu sempre quis viver um amor; sempre desejei ter ao meu lado alguém com quem eu pudesse contar; alguém que não me desamparasse nem me abandonasse diante das adversidades. Sempre quis alguém que me escolhesse pelo que eu sou e que não supervalorizasse os meus defeitos, que apenas os aceitasse. Eu sempre desejei alguém que lutasse comigo, que comprasse também as minhas brigas e que assim, crescesse ao meu lado. Eu sonhei, incessantemente, com alguém que realmente se importasse com a minha felicidade, e que fizesse dela também a sua. Por muito tempo busquei um companheiro, um amigo, alguém que me fizesse ser capaz de ir além.
E hoje, ir além é tudo o que eu quero... mas só se for com você!
Obrigada por ter me descoberto, por acreditar e insistir em nós dois e, principalmente, por me fazer tão feliz!
 Encerro com um trecho de um conto, ou talvez uma previsão, que escrevi em setembro de 2011:
“Jamais vou deixar de dormir sentindo o seu perfume ou o calor do seu corpo junto ao meu. Nada nesta vida (nem em nenhuma outra) me fará acordar senão ao seu lado. Hoje não há nada que me dá mais prazer do que poder sentar a sua frente e, enquanto tomo meu café-da-manhã, reparar no quanto suas bochechas ficam rosadas quando digo que me apaixono por ela todas as manhãs; ou o quanto as minhas camisas de algodão caem melhor nela do que em mim. Então ela se levanta e vem caminhando lentamente em minha direção. Senta no meu colo e encolhe as pernas, como se quisesse caber inteira no mesmo espaço que eu. Desliza os dedos em meus cabelos ainda molhados e recosta a cabeça em meu peito. E é nesse momento que gosto de beijar-lhe a testa. É que quando faço isso, ela sempre me olha nos olhos; e tem ainda aquele sorriso meio torto nos lábios, meio sem jeito. E, quase sem sentir, ela prende uma mecha de seus loiros cabelos atrás da orelha. E é aí que sinto aquela “coisinha” no estômago, aquele aperto gostoso no peito e a vontade de passar o resto da minha vida ao seu lado.”
É isso que desejo hoje (e sempre) para nós; que cada novo dia juntos seja como mais um passo rumo à nossa felicidade.

Amo você!