tag:blogger.com,1999:blog-25642601082821954482024-03-08T07:32:14.433-03:00' Entrelinhas e Palavras ~Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.comBlogger84125tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-67601422326614822482013-09-13T13:36:00.002-03:002013-09-13T13:36:47.219-03:00Tudo pode acontecer<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Pediram-me para escrever uma
história de amor, mas vou me reservar a falar sobre as reviravoltas que o mundo
dá. Até porque, há muito do amor nisso; é preciso muito mais que maturidade e
discernimento para compreender que as coisas nem sempre acontecem conforme a
nossa vontade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dizem que ao sairmos de uma
tempestade enxergamos o mundo com mais clareza. É verdade. É como se
deixássemos de ser apenas personagens e passássemos a ser também expectadores
da nossa própria existência.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O nosso olhar toma maiores
proporções e tudo o que antes parecia confuso e descabido, ao ser olhado por
todos os ângulos, passa a fazer sentido. Foi assim comigo e acredito que seja
com o mundo inteiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tenho aprendido muito nesses
últimos meses, principalmente a saber esperar; a dar tempo ao tempo. Aprendi que
há momentos em que precisamos cruzar os braços e deixar que a vida tome as suas
próprias direções.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Aprendi a confiar na máxima de
que “o que tiver que ser, será!”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não é fácil, para quem está
acostumada a matar um leão por dia, reconhecer que não se tem o controle sobre
tudo. Nem mesmo sobre a própria vida. E foi neste momento, quando me senti mais
frágil e vulnerável, que aprendi a confiar; aprendi a acreditar que não há nada
que eu queira, que eu não possa conseguir. Acho que é isso que as pessoas chamam
de FÉ. E se for, posso dizer que me descobri como uma pessoa de muita fé! O
suficiente para transformar o que antes era impossível em uma nova possibilidade;
a única e a última esperança!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E, exatamente como costuma acontecer
na ficção, no último instante, quando todas as esperanças e tentativas já
estavam esgotadas, a vida se refaz em forma de milagre. E onde antes só se via tempestos
tons de cinza, hoje só existe cor, luz e felicidade.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia-NBp4STNqNZYlgu8hnXhJSKubuQeovahGGOuhVLajd2zlP3Fgmhm4fzcqbrHwksYHSOnPwsAq3kHkVpZPwoSp4QKG-oSp7DP6pCAQ434hPn11HRLKVU7QL7i3TUBQfZRjLeyn647jXgN/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia-NBp4STNqNZYlgu8hnXhJSKubuQeovahGGOuhVLajd2zlP3Fgmhm4fzcqbrHwksYHSOnPwsAq3kHkVpZPwoSp4QKG-oSp7DP6pCAQ434hPn11HRLKVU7QL7i3TUBQfZRjLeyn647jXgN/s320/large.jpg" width="299" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É possível que uma parte de vocês
ainda não consigam me compreender. Infelizmente, este é o tipo de experiência
que só se reconhece ao sentir na própria pele. Para aqueles que já estiveram na
escuridão e que, mesmo no breu, confiaram na existência da luz, ofereço o meu
respeito e a minha admiração.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E para vocês, que por ventura
encontram-se perdidos no meio deste turbilhão de impossibilidades, desejo que
descubram em si mesmos a mesma fé que descobri em mim. Acredite, ela está aí!
Talvez precisando apenas de um bom motivo para existir.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Há uma razão para dizerem que “após
a tempestade SEMPRE existirá a bonança”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E mais...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">...acreditem em mim quando eu disser
que TUDO PODE ACONTECER.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-45742114501555502462013-05-12T15:39:00.001-03:002013-05-12T15:39:56.631-03:00Para sempre voltar<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/Y5aEEpMpNUQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Eu sei que tem sido difícil
para você... As coisas também não andam nada fáceis para mim! Mas não estou
aqui para te julgar. Conheço suas razões e não posso tirá-las de você.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Eu juro que dei o melhor de
mim! – sussurrou entre suas lágrimas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Eu sei... aliás, tenho certeza
disso! Não sei se você tem a mesma impressão, mas a nossa história não acaba
aqui. Escreva isso aí, ela não acaba agora, não acaba aqui!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ela tentou balbuciar alguma
coisa, mas a dor que se instalava em seu peito calou a sua voz.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essas foram as últimas palavras
que ele disse antes de fechar aquela porta. Depois disso foi embora de um jeito
suave, como se prometesse (em silêncio) voltar. Enquanto cruzava o caminho da
sala de estar, controlava-se para não olhar para trás e ver as lágrimas que
escorriam pelo rosto da única mulher que amou na vida. Vê-la chorar seria o bastante
para fazê-lo desistir de tudo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desceu as escadas e caminhou
direto para casa. Enquanto andava por aquelas ruas vazias, relembrava os
últimos meses de sua vida. Pensou em como era possível as coisas mudarem tão de
repente. Clara tinha sido como uma mágica em sua vida. Desde o dia em que a
conheceu soube que havia encontrado algo raro. Demorou um pouco para admitir,
mas sim, aquilo era amor. Ele não era exatamente o último romântico, mas
desejava em seu íntimo poder amar e ser amado. Desde então, Clara passou a ser
essa oportunidade. Mais que isso, passou a ser a pessoa com quem ele resolveu
dividir a sua vida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É muito fácil imaginar uma vida
ao seu lado. Ela é uma mulher incrível; meiga, sensível, carismática, um tanto
quanto desconfiada, mas muito apaixonante. E como se não fosse o suficiente é dona
de um jeito de menina e de um sorriso que desarmam qualquer um. À primeira
vista ela exibe uma discreta fragilidade, mas não, ela é exatamente o oposto. É
forte, é guerreira, é daquelas que não desistem nunca, que lutam até o fim.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pedro conhecia o que carregava em
seu coração. Tinha certeza dos seus sentimentos e dos dela também. Sabia que
aquela história não tinha sido em vão e talvez esse fosse o motivo de acreditar
que aquele não era o final.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ela tinha uma regra básica: não
se abrir a ninguém. Tudo vinha dando certo até a chegada de Pedro. A princípio
pensou que aquilo que os unira seria passageiro, assim como as suas outras
experiências. Felizmente ele havia vindo para ficar. Pedro era um tipão
tranquilo e despreocupado, mas carregava em seus ombros a responsabilidade de
ser um exemplo. Há alguns anos assumira este dever e trabalhava duro, dia-a-dia,
para isso acontecesse.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com o passar do tempo ele se
tornou uma espécie de resgate. Assumiu o compromisso de trazer de volta tudo o
que ela havia perdido e assim o fez. Ele a devolveu a fé que tinha nas pessoas
e vontade de confiar acima de qualquer circunstância. Pedro a tirou da
escuridão e a trouxe de volta à luz. Muito mais que isso, ele a fez feliz,
feliz de verdade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Estranho pensar como as coisas
podem se perder assim... será que tudo o que vivemos foi em vão?!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Nada é por acaso, Clara! Nada!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Nós nos amamos, não é justo que
fiquemos separados.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Eu sei... eu também não queria
que as coisas fossem assim, mas acho que nós dois precisamos disso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− E se a gente terminar mesmo,
como vai ser?! Você vai seguir a sua vida, conhecer outras pessoas, namorar
outras mulheres... e aí, o que vai sobrar de nós?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Eu não estou pensando nisso
agora... não estou pensando em outras mulheres porque não existe mais ninguém
para mim além de você. Eu não quero outra mulher, não quero outra namorada. Eu
quero você e é você que sempre vou querer!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Não acho justo passarmos por
isso!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− E não é mesmo! Olha, Clara,
você foi a única pessoa que me fez feliz de verdade... a única pessoa com quem
eu desejei, ou melhor, desejo passar o resto dos meus dias! Mas há tempos que
não te vejo sorrir! Não esse sorriso que você coloca no rosto de vez em quando,
para não parecer muito sofrida. Falo daquele outro que me fez apaixonar por
você. Não quero que você o perca e não quero ser o responsável por isso!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ela ficou calada, amargurada.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Sei que estávamos esperando por
um milagre! Infelizmente não nos resta outra alternativa no momento... vamos
então usar o tempo a nosso favor! Vamos esperar que as coisas se resolvam.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Esperar... esperar até quando,
Pedro?!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Esperar até o dia que seremos
só nós dois. Nós dois e o futuro que planejamos juntos! Deus sabe, meu amor, o
quanto eu quis que esse momento não chegasse. Mas há coisas que se tornam
inevitáveis, você sabe disso melhor que ninguém.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Sei...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Então, meu amor! Vamos
esperar... esperar e buscar compreender o sentido de tudo isso! Tenho certeza
que vamos reencontrar tudo o que um dia nos uniu! Não duvide do amor que sinto
por você. E é por te amar demais que resolvi concordar com a sua decisão e me
ausentar... só Deus sabe o medo que tenho de não fazer falta para você, mas
precisamos disso... você precisa saber se é mesmo ao meu lado que quer ficar!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se abraçaram por alguns minutos e
choraram juntos a dor de interromper aquela história.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Promete que será por pouco
tempo?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− Não, não posso prometer isso...
não tenho como saber! Mas prometo que estarei aqui sempre que você precisar!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E de tudo, ficou a certeza de que
nada acontece por acaso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− <span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial;">Uma vez que é vosso propósito contrair o
santo Matrimônio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na
presença de Deus e da sua Igreja.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial;">Eles deram as mãos e, de mãos dadas,
deram o primeiro passo em direção ao resto de suas vidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
− <span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial;">Eu Pedro, recebo-te, Clara, por minha esposa<span class="apple-converted-space"> e </span>a ti prometo ser fiel,<span class="apple-converted-space"> </span></span>amar-te e respeitar-te, na
alegria e na tristeza,<span class="apple-converted-space"> </span>na
saúde e na doença,<span class="apple-converted-space"> </span>todos
os dias de nossas vida.<o:p></o:p></div>
Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-89986388965701967692013-04-22T10:23:00.001-03:002013-04-22T10:23:37.514-03:00<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O desafio de nos mantermos
perseverantes é árduo. Continuar, insistir, custa; e custa caro na maioria das
vezes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desistir é muito mais fácil, mais
cômodo, porém carrega cosigo consequências drásticas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ainda pior que se abrigar em algo
inconcluso, é fazê-lo sem perceber.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa sim é perigosa, a renúncia velada.
Renunciamos ao que queremos com a sensação de ainda estarmos lutando.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Perder uma batalha vez ou outra
faz parte da vida. Mas quando somos nós que estamos em jogo, a negligência não
se torna uma de nossas opções. Muitas pessoas podem determinar o nosso destino,
mas somente nós mesmo somos capazes de defini-lo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É por isso que, com o tempo,
entregarmos os pontos nos impede de vencer.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por que?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Simples. Somos capazes de nos acostumarmos
com tudo; com a perda, a derrota, a desistência. E porque nos acostumamos,
acabamos por abrir mão do que nos é caro. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Espero e busco ter a
sensibilidade de perceber a vida. Não quero correr o risco de que a pressa, que
envolve o meu cotidiano, leve a minha capacidade de saborear cada momento como
se deve. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar de tudo, ainda resta o
medo de dar à minha alma o tratamento que ela não merece.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-88454270418449586312013-04-04T01:32:00.001-03:002013-04-04T09:19:46.646-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/9SxToTUoWGM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">− Não perguntei
se você gostaria que eu ficasse, apenas vou ficar por aqui e pronto! – disse Luis
sem ser questionado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− E não adianta
me olhar torto, muito menos fazer cara feia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Não estou
fazendo cara feia! Eu só acho que você não precis...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Certo! Sei
também que não precisa. Na verdade você nunca precisa, de nada nem de ninguém!
Para você é suficiente ficar sentada nesse sofá remoendo os seus problemas
pessoais e a sua solidão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Beatriz recostou
no sofá como quem houvesse desistido de uma batalha, enquanto Luis, de costas,
disfarçava o seu contentamento por passar mais 10 minutos em sua companhia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Ok, “Bê”! Não
precisa fazer essa carinha. Vamos encarar da seguinte forma: a casa precisa de
mim! Não dou 30 minutos para que esse chão esteja coberto de lenços de papel;
sem falar nos restos de cappuccino espalhados por todo apartamento; e o
controle da TV então?! Todo lambuzado de Nutella, porque você insiste em ver e
rever aquela cena melosa daquele filme que você gosta... aquele dos
velhinhos... como é mesmo o no...?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Diário de uma
paixão! – Disse Beatriz enquanto esboçava um sorriso meio torto, mas sempre
sincero.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ela sabia sorrir.
Tinha sempre consigo um entusiasmo que contagiava até os mais ranzinzas. Foi
assim desde o primeiro dia que a vi. Me lembro daquela cena como se fosse hoje:
eu sentado no meio de cem mil prontuários, desesperado com a infinidade de
pacientes que eu ainda não havia avaliado, o hospital em greve e ela lá,
sorrindo! Lembro-me dela caminhando despreocupadamente pelo corredor do
hospital, do seu jeito de amarrar o cabelo em um “rabo de cavalo” e arregaçar
as mangas do jaleco como se estivesse se preparando para a luta. Me encantei
por ela à segunda vista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Sério, “Bê”! Não vou deixar, nem sob
tortura, você transformar a sua casa em um cativeiro. E nem pense que você vai
assistir aquela lenga-lenga pela milésima vez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Ah é?! Que maravilha heim?! Você invade a
minha casa e agora vem quere me dizer o que eu devo ou não fazer?! – Ironizou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Exatamente! – retribuí com um sorriso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− E o que a vossa excelência sugere para o meu
momento de fragilidade?!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu reconheço esse tom há um kilômetro de distância.
Esse é o jeito que ela tem de saber que eu estou sempre por perto, de que eu me
importo. É o jeito dela se sentir protegida, cuidada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Não se preocupe, vim preparado! Nem vou
precisar passar em casa para arrumar minhas coisas. Já coloquei tudo na mochila
desde o dia que te vi chegar com os olhos inchados no hospital<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2564260108282195448" name="more"></a>;
aí foi só esperar você me contar o “auê”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ela fez uma cara de surpresa, como se não
soubesse que eu reparo em cada um de seus detalhes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Você me surpreende, Luis... – disse com a
voz já melodiosa, quase como a de costume.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Então! Minha tarefa agora é passar o fim de
semana evitando que você faça alguma besteira calórica e solitária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Aproximou-se dela no sofá, tocou delicadamente
o seu rosto, tomou-a em seus braços e acariciou levemente os cabelos. Aproveitou
cada segundo daquele momento, mesmo que em segredo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Enquanto eu dou um jeito nessa sua louça, vê
se esfrega um shampoo nessa cabeça e depois vem aqui me contar essa história
direito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ela sacudiu a cabeça concordando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Vou fazer um café e passamos a noite
conversando, se você quiser.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Lu?!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Oi?!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Não entendo porque você é tão legal comigo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− O que eu não entendo é como você continua entregando
este seu coração para quem não deve! Onde mais precisa doer para você levar
jeito?! Você é tão linda, tão especial... e eu... eu sou louco por você! Você
desperta a minha atenção e tudo o que há de bom em mim! Me encanta o seu jeito
de carregar o mundo inteiro nas costas sem ao menos suspirar de cansaço. Você
sabe, se eu estou aqui é porque você vale a pena; porque lhe quero bem. E
enquanto você tenta fazer esses seus lances rolarem com esses babacas, eu fico
aqui sentindo a sua falta, querendo conversar contigo, ganhar aquele “ei”
empolgado junto com uma cara de sono, na primeira corrida de leitos da manhã. -
Pensou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E respondeu um pouco engasgado, lutando para
conter as palavras que teimavam em sair da sua boca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Você merece, esse é o motivo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ela sorriu novamente. Dessa vez um sorriso
aberto, límpido, branco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Isso, adoro te ver assim! Fico orgulhoso
quando consigo te fazer sorrir. Foi para isso que vim! – abraçou-a novamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">− Terminando ali na cozinha, a gente senta no
sofá e dá um jeito nessa agonia! Talvez eu toque um pouco de James Taylor, ou te faça
cafuné, ou faça uma massagem profissional nos seus pés... Se nada funcionar, a
gente pega uma navalha e faz uns cortes sequenciais no seu braço, só para liberar
endorfina e trapacear a dor, como fez o Dr. House naquele episódio, lembra?</span></div>
<span style="color: #141414; font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; text-align: justify;">− Não... – respondeu tentando cessar a gargalhada.</span><span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span><br />
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">
<o:p></o:p></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Não foi contigo que eu vi? Claro que foi,
você deve ter embarcado no sono, como sempre. Como pode? É só te aconchegar de
conchinha, contar até dez e pronto: você dormiu. E eu fico me sentindo o
cara-todo-poderoso que está lá para te proteger.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Sei que você deve achar que nunca mais
conseguirá amar na vida, que ninguém nunca pedirá para ser seu marido e que aquela
coisa de felicidade está cada vez mais longe. Mas pelo amor dos céus, é só um
relacionamento falido; o menos importante deles. Olhe o lado bom, chore hoje,
deixe as lágrimas escorrerem e lavarem essa maquiagem. Amanhã, de rosto novo, a
gente pinta uma carinha feliz e eu te levo de carro para ver o mar. Ninguém vai
perceber seu sorriso postiço, o mundo inteiro vai estar ocupado sorrindo com
você.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #141414; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">− Confie em mim, às vezes quem está de fora
enxerga melhor. E daqui vejo seu sorriso, e sei bem o que ele é capaz de
fazer.<o:p></o:p></span></div>
Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-30417323152897877032013-03-31T22:55:00.000-03:002013-03-31T22:55:32.273-03:00A minha escolha<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeQrRMp7D1QiyVmaCl3_fQ0dZoqKhtElkAZdLJXAkq7hZmNbMDw73KqEnCoURtjB4w7JH50D80w4_1kJEUyDYBN6BJ_YJaQb7adPk-U2T2kl5HUp2_GW4cfrKKKEqX7HhiP37C7-ZsyNRr/s1600/tumblr_mkcjjlgKwQ1qfvaoxo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeQrRMp7D1QiyVmaCl3_fQ0dZoqKhtElkAZdLJXAkq7hZmNbMDw73KqEnCoURtjB4w7JH50D80w4_1kJEUyDYBN6BJ_YJaQb7adPk-U2T2kl5HUp2_GW4cfrKKKEqX7HhiP37C7-ZsyNRr/s400/tumblr_mkcjjlgKwQ1qfvaoxo1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Atire a primeira pedra aquele que
nunca sentiu medo. Ou quem nunca teve a sua fala estrangulada por esse misto de
insegurança e impotência.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O medo é intrínseco à vida humana
e nós o percebemos no momento em que alcançamos o nosso limite.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acredite, há sempre uma expressão
do medo no ponto final de uma linha.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não adquiri este aprendizado dos
inúmeros livros que já li. Aprendi na prática, experimentando em minha própria
pele a força que tem esse sentimento.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sentir medo me apavora; muito provavelmente porque ele
representa para mim um sinal de fraqueza. E se há uma coisa que me tira do
sério é sentir-me frágil.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não sou daquelas que se sentem confortáveis ao admitir a sua
pequenez diante da vida; muito menos quando sinto a vida grande demais para
caber em meu coração.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sou limitada e tenho que admitir: tenho em mim diversos
receios.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Temo o amanhã, o futuro, as pessoas e às vezes, temo até a
mim mesma.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Me incomoda muito perceber a minha fragilidade, mas me
incomoda muito mais saber que não tenho para onde correr. Afinal, o medo é o
que chamam de universal.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É por isso que às vezes me perco ao enfrentar certas situações,
ao cruzar qualquer nova fronteira, ao tentar recomeçar de um novo ponto de
partida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ainda não sei se isso é ou não um problema.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alguns especialistas dizem
que o medo integra o nosso processo de sobrevivência. Sobrevivemos porque
enquanto temerosos, aprendemos a ter cautela. Acredito que a questão encontra-se
na transformação dos nossos medos em obstáculos; quando eles passam a impedir a
nossa realização, quando se tornam maiores que nós.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É importante conhecermos e respeitarmos os nossos limites.
Todavia, isso não significa que não existem outras alternativas que nos
conduzam a um mesmo objetivo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por fim, tenho percebido que é essencial não nos
desesperarmos, não perdermos o controle, as rédeas. Nossa vida deve e tem que
ser regida por nós mesmos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há uma linha tênue entre o poder construtivo e o nocivo que o
medo pode exercer em nossas vidas; contudo, está em nossas mãos optar por não
ir além ou chegar muito mais longe do que imaginávamos que seríamos capazes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu já fiz a minha escolha.</div>
Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-91483811946102097052013-02-18T13:46:00.000-03:002013-09-13T13:37:02.578-03:00Um<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/uUqpCIZT-eE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há tempos pensei em escrever algo
sobre nós dois. Quis expor tudo o que sinto de imediato, mas sempre ficava
aquela sensação de que muito não seria dito. Para ser sincera, continuo com a
mesma impressão; mas a vontade de dizer ao mundo o que se passa aqui dentro do
meu peito, supera qualquer outro motivo que possa, por ventura, me calar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para começar, seria bom dizer como
e quando tudo isso começou; porém não o farei. Já que na verdade, nem nós
mesmos sabemos onde se encontra ao certo o nosso ponto de partida. Apesar de
comemorarmos, para nós não existem datas, todos os dias são como o primeiro. E além
disso, existe aquela velha sensação de que não nos descobrimos por acaso; não
houve um encontro, muito menos um começo. A verdade é que nos reencontramos e recomeçamos
do ponto onde, algum dia, havíamos parado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É difícil querer que as outras
pessoas entendam o há entre nós, quando até nós mesmo nos perdemos na busca por
um sentido. Um dia, todos trocarão as explicações pelo inexplicável (assim como
fizemos), e então o mundo saberá que nascemos para ser, ao mesmo tempo, plural
e singular. Saberão que já não existe mais ‘você’ ou ‘eu’. Agora somos nós,
dois em um.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pode parecer precipitado a outros olhos
afirmar tudo isso com tanta veemência. Mas é como eu já havia dito, somente os
nossos corações conhecem e entendem o que sentimos um pelo outro. Nós somos
como presentes que o destino, cuidadosamente, preparou. Somos as respostas de
todos os nossos questionamentos e a solução que nem sabíamos que buscávamos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu sempre digo que não acredito
em acaso e, ao seu lado, parece um absurdo ainda maior acreditar que tudo possa
ter acontecido sem motivo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu sempre nadei contra a maré. Sempre
fui a pessoa que acreditava e confiava mesmo quando tudo me provava o contrário.
Sempre fui daquelas que teimavam em sufocam a razão e deixavam a emoção falar
mais alto. Agi assim incansavelmente, até ser convencida de que a realidade não
passava nem perto dos ‘sonhos’ que eu vivia. Me tornei cética e descrente. E foi
nesse momento, no pior deles, que você apareceu.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A princípio eu quis ignorar o
óbvio e acreditar que, entre nós, nada era diferente. Mas é difícil lutar
contra os fatos. Hoje percebo que somos mais por estarmos juntos. Não só nos
completamos, mas transbordamos as nossas almas de tudo o que precisamos para
sermos realmente felizes. Às vezes, continuo me perguntando: ‘por que nós
dois?!’ Sigo sem encontrar explicações, mas acreditando que descobriremos o
motivo juntos, diariamente. Tenho certeza, mesmo sem saber como, que o que há entre nós
não é passageiro. As estradas que percorremos e os obstáculos que enfrentamos nos
trouxeram até aqui. De hoje em diante caminharemos juntos e chegaremos de mãos
dadas onde a vida quiser nos levar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu sempre quis viver um amor;
sempre desejei ter ao meu lado alguém com quem eu pudesse contar; alguém que
não me desamparasse nem me abandonasse diante das adversidades. Sempre quis
alguém que me escolhesse pelo que eu sou e que não supervalorizasse os meus defeitos,
que apenas os aceitasse. Eu sempre desejei alguém que lutasse comigo, que
comprasse também as minhas brigas e que assim, crescesse ao meu lado. Eu sonhei,
incessantemente, com alguém que realmente se importasse com a minha felicidade,
e que fizesse dela também a sua. Por muito tempo busquei um companheiro, um
amigo, alguém que me fizesse ser capaz de ir além.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E hoje, ir além é tudo o que eu
quero... mas só se for com você!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Obrigada por ter me descoberto,
por acreditar e insistir em nós dois e, principalmente, por me fazer tão feliz!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Encerro com um trecho de um conto, ou talvez
uma previsão, que escrevi em setembro de 2011:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Jamais vou deixar de dormir
sentindo o seu perfume ou o calor do seu corpo junto ao meu. Nada nesta vida
(nem em nenhuma outra) me fará acordar senão ao seu lado. Hoje não há nada que
me dá mais prazer do que poder sentar a sua frente e, enquanto tomo meu
café-da-manhã, reparar no quanto suas bochechas ficam rosadas quando digo que
me apaixono por ela todas as manhãs; ou o quanto as minhas camisas de algodão
caem melhor nela do que em mim. Então ela se levanta e vem caminhando
lentamente em minha direção. Senta no meu colo e encolhe as pernas, como se
quisesse caber inteira no mesmo espaço que eu. Desliza os dedos em meus cabelos
ainda molhados e recosta a cabeça em meu peito. E é nesse momento que gosto de beijar-lhe
a testa. É que quando faço isso, ela sempre me olha nos olhos; e tem ainda aquele
sorriso meio torto nos lábios, meio sem jeito. E, quase sem sentir, ela prende
uma mecha de seus loiros cabelos atrás da orelha. E é aí que sinto aquela
“coisinha” no estômago, aquele aperto gostoso no peito e a vontade de passar o
resto da minha vida ao seu lado.”</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É isso que desejo hoje (e sempre)
para nós; que cada novo dia juntos seja como mais um passo rumo à nossa
felicidade. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Amo você!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKPQaicV8TIOQi7OPFzVvnk6dlBcNBRhhRWp2VhwdxNxda6aVxJnzgg9n_rHAZIv2jSc9cU-FKNUO-twNna8VtW0ghcXDviSfTmom0UY3LUrjA1kbfVHHS9dya7fKhRoIb_KuekIoa895z/s1600/kiss.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKPQaicV8TIOQi7OPFzVvnk6dlBcNBRhhRWp2VhwdxNxda6aVxJnzgg9n_rHAZIv2jSc9cU-FKNUO-twNna8VtW0ghcXDviSfTmom0UY3LUrjA1kbfVHHS9dya7fKhRoIb_KuekIoa895z/s1600/kiss.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-43718748767003226552013-01-03T13:01:00.001-02:002013-01-03T13:06:22.259-02:00Permanecer<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Estive
pensando no quanto é difícil fazermos um amor durar nos dias de hoje; no quanto
nos parece utópico estabelecermos laços que sejam duradouros. Não sei quando e
como esses princípios foram distorcidos, mas ainda acho muito importante
resgatarmos e vivermos os valores “antigos”; sobretudo a fidelidade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Fidelidade
é mais que a capacidade de sermos, exclusivamente, do outro; ser fiel significa
“sermos <b><u>para</u></b> o outro” a vida
inteira.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Provavelmente,
a melhor explicação para a maioria dos nossos problemas, é o fato de não sermos
mais capazes de criarmos laços definitivos. Diante disso, fico me perguntando “por
que temos tanto medo do outro?” “Qual a razão de não querermos que alguém faça,
definitivamente, parte de nossas vidas?”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A
explicação para isso nem sempre é clara, mas há algo que torna-se cada vez mais
visível: a medida que nos distanciamos dos outros, nos tornamos mais distantes
de nós mesmos. Porque, podemos não ser dependentes, mas precisamos de um
referencial; alguém que seja o instrumento pelo qual possamos, a todo tempo,
ter acesso a nós mesmos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O
outro nada mais é que a nossa continuidade. Quando temos ao nosso lado alguém
que amamos de verdade e que realmente faça parte da nossa vida, é como se
olhássemos para a continuação de nós mesmos.
Ouvimos o bater daqueles corações e sabemos que o nosso bate junto, no
mesmo compasso. E a nossa felicidade depende disso, da possibilidade de
vivermos em unidade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Particularmente
falando, a praticidade me agrada muito, mas não em excesso. Tudo hoje está
muito prático, dinâmico, liquefeito. Tudo se tornou muito líquido; o amor é
líquido, a vida é líquida e como tal, eles escorrem por nossas mãos o tempo
inteiro. Tudo isso porque somos levados a acreditar que a felicidade está diretamente
associada ao que é transitório. O que é definitivo nos amedronta, nos
aterroriza, nos repele. Falta-nos disposição para lutarmos, para fazermos
sacrifícios, para darmos mais de nós mesmos, para irmos além e ultrapassarmos
os limites do tradicional, do transitório, do temporário. Traduzindo, falta-nos
disposição para sermos felizes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não acho
que devemos ceder a essa imposição. Acredito que nadar contra essa corrente é a
responsabilidade de todos nós, é o nosso dever. Precisamos fazer com que as
coisas durem e imprimam suas marcas em nossas vidas. Precisamos permitir-nos amar,
e amar com qualidade; apostar na fidelidade, inclusive na fidelidade à vida. Tenho
visto muitas pessoas desistindo por tão pouco; ou se não é por tão pouco,
desistindo. Ultimamente, dizemos adeus com muita facilidade. E tenho certeza de
que não fomos feitos para sermos assim!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Devemos
à nós mesmos os laços que evitamos construir. Devemos à nós mesmos a vida em
unidade, a (maravilhosa) sensação de termos algo em comum com alguém, de
estarmos em perfeita sintonia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando
descobrimos aquele que possui sentimentos semelhantes aos nossos, ou seja capaz
de enxergar um pouco a nossa alma, de nos ver além das aparências, nos sentimos
menos sós. Não é vergonha admitir que precisamos de quem diminua a nossa
solidão, ou que nos faça feliz pelo simples fato de estar ao nosso lado. Por
essas pessoas sim, somos capazes de viver.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Estamos
apostando demais na frouxidão dos abraços e nos esquecendo que são nos laços
mais estreitos que a vida realmente acontece. Pode ser que tenhamos milhões de
pessoas a nossa volta, mas de todos estes, quem ficaria até o fim? Com quem
poderíamos realmente contar?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É
desconcertante esse tipo de questionamento, mas é necessário. Porque antes de sermos
fieis aos outros, devemos ser fieis a nós mesmos. Precisamos assumir a
responsabilidade de sermos duradouros, irmos além do que é convencional, do que
esperam de nós. Surpreender a todos e a nós mesmos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É a
surpresa que faz a vida valer a pena; que não nos deixa desistir, que nos
fornece ânimo para sermos permanentes. É a novidade que nos enche de vida e nós
podemos (e devemos) ter a consciência de que somos capazes de nascermos de
novo. E com isso, jamais perdemos o nosso encanto.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não
tenho vergonha de dizer que vivo embreagada. Embreagada de sonhos, de emoções,
de sentimentos. Posso dizer, com convicção, que a vida não passa inutilmente
por mim! Eu tenho a mania de ser intensa. Sofro demais, me alegro demais, sinto
raiva demais. Tudo em mim é em excesso. E hoje não quero outra coisa, senão poder
nascer de novo. Olhar para tudo que há em mim e ainda ser capaz de me surpreender.
Desfrutar a alegria que é própria da surpresa, mas ter comigo a certeza de que não
sou um ser raso. Não quero começar a viver para fora e esquecer de que, quem
não vive para dentro, antes de qualquer coisa, não tem condições de viver <b><u>para</u></b> ninguém. Funciona como o amor.
Se não nos amamos, se não nos cuidamos, não há como amarmos ou cuidarmos do
próximo. Tudo na medida certa, para que não nos tornemos esgoístas, mas sabendo
que o nosso gesto de amor é um desdobramento do amor que temos por nós mesmos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Permita-se
amar. Ser duradouro. Permanente. Até eterno. Olhe em volta e descubra um
motivo, por menor que seja, para ser feliz. E faça desse motivo uma razão para se
reencontrar. Se reinventar. E ir além.</span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKgOdBTu0Ts0IwDGXfLJpUIERETDfCaHxhUC7a1s8wW9t6QGfMIcpEqeZwmOk8JqntGjpj1cIV18akbuGvMytlWn0UK-Ya7rcnU8QgdkGoVbOmcRjF3KERWyGnl_5z8JUlLx-tjwo1Crh5/s1600/270363_468846886505274_1968607972_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKgOdBTu0Ts0IwDGXfLJpUIERETDfCaHxhUC7a1s8wW9t6QGfMIcpEqeZwmOk8JqntGjpj1cIV18akbuGvMytlWn0UK-Ya7rcnU8QgdkGoVbOmcRjF3KERWyGnl_5z8JUlLx-tjwo1Crh5/s400/270363_468846886505274_1968607972_n_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-28409164882371680442012-11-06T20:40:00.002-02:002012-11-06T20:43:05.760-02:00Re-Começar!<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/O1-4u9W-bns?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">Não sei se vocês concordam comigo,
mas dentre todas as formas de perder alguém, dizer adeus é uma das piores;
sobretudo quando nos despedimos contra a nossa vontade.</span></span></div>
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Particularmente, dizer “adeus” me
causa um imenso transtorno. Talvez porque nestas circunstâncias, a perda nunca
é completa. A pessoa não vai embora, muito menos o que sentimos por ela. O que
falta é apenas aquela ponte que antes nos unia. A conexão quase perfeita de
pensamentos, palavras e emoções.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É triste admitir que estas “pontes”
são mais frágeis do que possamos supor. É certo que em algum momento, uma ou
outra irá ruir. Cairá por terra e levará consigo promessas de amor ou amizade
eternas.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">E ao vermos tanta coisa destruída, nos
perguntamos se vale à pena o esforço de tentarmos consertá-las. E esse tipo de
decisão que demanda tempo. Muito provavelmente porque sabemos que, ao
decidirmos reparar alguma coisa, corremos o risco do insucesso. Consertos não
garantem a perfeição, por melhores que eles sejam. Sempre ficará uma marca, um
remendo, algo que nos faça lembrar do que não queríamos. E o que antes era
frágil poderá se tornar ainda mais.</span></span></div>
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A minha ideia então é apostar no que
é novo. Reciclar.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Aproveitar os velhos sentimentos, as velhas
experiências, as lembranças e construirmos algo diferente, mantendo somente a essência
do sentimento antigo. Já dizia <i>Shakespeare</i>
que “não é necessário que mudemos de amigos, se compreendermos que os amigos
mudam”. Essa talvez seja uma das maiores verdades que já ouvi. Não é necessário
que abandonemos o que é importante para nós, se aprendermos a reaproveitar as
nossas vivências. Tudo em nossas vidas está em constante mudança, não seria
diferente com aqueles que amamos.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por isso não acredito naquela coisa
de “começar de onde paramos”. É muita mesmice e seria igual a persistir
descuidadamente no erro. O correto, na minha opinião, é buscarmos outras
alternativas; fazermos o mesmo, porém de uma forma diferente. E isso é
possível. Existem muitos caminhos que convergem para o mesmo ponto. Alguns mais
fáceis, outros nem tanto. Mas há inúmeras oportunidades para seguirmos e é por
isso que não podemos desistir. Se não deu certo de um jeito, tente o próximo. Se
não chegou onde queria, existe outro caminho a ser percorrido.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Uma das minhas pontes estava caída. E
de um lado do abismo, morrendo de vontade de chegar ao outro lado, me
perguntava se valia a pena tanto esforço. E descobri que maior que a minha
dúvida era a saudade. E é por isso que estou aqui... não para recomeçar de onde
paramos, mas para seguirmos por um novo caminho.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu senti muito a sua falta!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-88583789172792604662012-10-21T23:11:00.002-02:002012-10-21T23:26:22.781-02:00Meu velho caderno<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Uma das primeiras coisas que aprendi,
é que os erros também fazem parte dos ensinamentos da vida; e sempre que algo
não dá certo, temos o direito de virar a página. E é isso que desejo hoje, recomeçar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Decidi que o meu primeiro passo será
reconhecer os meus limites. E reconhecendo-os descobrirei uma nova maneira de
lidar com eles. Saber-se limitado talvez seja o que mais nos causa medo; muito
provavelmente porque adquirimos a consciência de que não somos capazes de tudo
o que pensamos ser. O medo faz parte da essência humana e é natural que, vez ou
outra, provemos desse sentimento. O que não podemos permitir é que ele seja
determinante, ou correremos o risco de vivermos eternamente assombrados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Hoje percebo que o medo pelo
sofrimento, o transforma em algo maior do que ele é. E quanto maior ele fica,
mais medo sentimos. É um ciclo que não se encerra. Por isso resolvi assumir
outra postura, enxergar o que me aflige por outro ângulo e compreender que o
que me faz sofrer não deve me causar temor, mas sim coragem para enfrentar o que
a vida tem para me oferecer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Então, percebi que este é momento do
meu fortalecimento. Só agora entendi que não posso enfrentar isso de qualquer
jeito... preciso reunir as minhas forças. Porque não posso coroar como
vencedor, quem só quer me derrotar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Resolvi estabelecer com a vida um
pacto de verdade e ser honesta com a história que estou escrevendo; com os
medos que sinto e com aquilo que, verdadeiramente, merece o meu empenho e a
minha atenção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sinto como se eu estivesse perdendo
tempo e dando atenção ao que não necessita dela... detalhes bobos e às vezes
nem tão bobos assim; mas que não podem superar o que realmente importa: a minha
paz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Assim como aprendi a escrever,
aprenderei também a viver de uma maneira diferente. Quando escrevo, preocupo-me
com cada detalhe, cada pontuação; se não for assim, jamais posso esperar ser
compreendida. Talvez essa verdade se estenda à minha vida. Talvez toda essa
bagunça seja porque eu não soube colocar os pontos nos lugares certos. Ou
porque não soube reconhecer, quando deveria, a pontuação que já estava ali para
ser lida. Deixei passar algumas exclamações e as emoções que elas codificam. Na
verdade eu as troquei pelas reticências, pelas interrogações e pela incerteza
(quase certa) do que poderia acontecer e não aconteceu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Hoje darei início à busca pela
serenidade e pela emoção que deixei trancafiada dentro de mim. Decidi que não
quero que ela venha à tona somente sob a forma de mágoa. Eu nasci para exclamar
e para mostrar que é possível ter esperança, mesmo diante das adversidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sinto falta em minha vida das
vírgulas e da calma que elas trazem consigo; falta dos pontos finais, porque
acho que é a incapacidade de usá-los que nos traz tanto sofrimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">Essas são as lições que eu aprendi enquanto
tentava rabiscar algumas sílabas num velho caderno; as regras de pontuação que
eu acreditava que diziam respeito apenas àquele pedaço de papel. Lições que hoje
faço questão de compartilhar com vocês.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Há algo dentro de mim que clama por
transformação e é por isso que tomei coragem de encarar o que me incomoda. Estou
olhando o meu sofrimento de frente e me perguntando onde está a minha culpa...
ou melhor, onde está a minha responsabilidade diante de tudo isso que está
sendo ruim? Onde eu estou errando para que essa agonia perdure?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sei que Deus olha por mim; e assim
como Ele, eu também não quero perder tempo. Não adianta que a graça de Deus
seja dinâmica se nós não conseguimos acompanhá-la. Ele é rápido, ama o tempo
todo, perdoa o tempo todo; a graça de Deus nos envolve com velocidade e nós não
temos o direito de ficarmos parados, estacionados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Hoje eu descobri que também tenho
pressa... pressa de querer a vida, de ser feliz, porque eu não sei quanto tempo
ainda me resta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-3rFrGJ1Qgpm-ZMOLIDvxU0lMToT576f8PCN3npekIgMpuenAsjQfhhSnXUWi-QaNJnBkgeNNNtne9ZWhB7HurR-xR9bq59L7_8NsveX9_up8tJYrEAe1qLP9AIv5DwBa76FnFg5TOp-k/s1600/DSC00801.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-3rFrGJ1Qgpm-ZMOLIDvxU0lMToT576f8PCN3npekIgMpuenAsjQfhhSnXUWi-QaNJnBkgeNNNtne9ZWhB7HurR-xR9bq59L7_8NsveX9_up8tJYrEAe1qLP9AIv5DwBa76FnFg5TOp-k/s320/DSC00801.JPG" width="227" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"<span style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 18px;">O mundo só anda armado, elitizado, cheio de interesses... e vc queria um amor! Isso é nobre!"</span></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-63683791259402116102012-10-09T23:53:00.000-03:002012-10-10T11:58:09.962-03:00Não mata, ensina a viver!<span style="text-align: justify;">Tenho me decepcionado tanto e tão
profundamente com as pessoas, que me faltam palavras para descrever o efeito
disso em mim.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É muito mais do que dor. É uma
sensação de vazio; o mesmo vazio que sentimos quando somos roubados.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Roubaram-me a fé no próximo, a
crença de que as pessoas são essencialmente boas e a boa vontade de acreditar
até que me provem o contrário.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fico me perguntando por que todos
(com raríssimas exceções) preferem o avesso ao direito? Porque as pessoas
escolhem se envolver por interesse ao invés de interessarem mais por nossos sentimentos?
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que sentimos nem sempre nos aponta
o melhor caminho. Vez ou outra nos vemos perdidos de nós mesmos, carregando
dentro de nós uma angústia tão grande que chega a nos sufocar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas nesse caminho há sempre um
retorno; e para esta angústia há sempre um remédio, o tempo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O tempo cura tudo, mas não
consegue apagar as impressões que as irresponsabilidades alheias imprimiram em
nós.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Viver baseando-se em interesse dá
muito trabalho. É preciso uma preocupação excessiva com todas as coisas, é
preciso pensar em todos os detalhes, em cada circunstância. Afinal a máscara
(seja ela qual for) não pode cair.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Viver de “mentirinha” retira da vida tudo o que ela tem de
bom: a espontaneidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu prefiro os tropeços, as quedas, a angústia e qualquer
outro sentimento ruim que possa existir. Porque sou toda sentimento, emoção. E a
mesma facilidade que tenho para chorar, tenho também para sorrir. E com a mesma
velocidade que caio, me levanto.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Levanto, sacudo a poeira e sigo em frente. Sigo adiante com
os braços bem abertos, para acolher tudo o que a vida tem para me oferecer.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E eu posso errar, me perder novamente, cair e demorar mais
para me levantar... mas, sob nenhuma circunstância, deixarei de sentir.</div>
Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-4233163466453246572012-08-11T20:53:00.001-03:002012-08-11T20:53:21.822-03:00Como se fosse a última vez<div style="text-align: justify;">
E no momento em que sentimos que a vida está por um fio tudo parece fazer sentido.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em uma fração de segundo nos recordamos de coisas que gostaríamos de ter dito e não o fizemos por medo, vergonha. Lembramos-nos de coisas que poderíamos ter feito e do que ainda há por fazer. Percebemos que ainda não fomos tão felizes quanto gostaríamos, nem realizamos tudo o que já ousamos um dia sonhar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E enquanto a vida passa como um filme diante dos nossos olhos, somos acorrentados à sensação de que já não nos resta escolha, senão a de aceitar o que a vida tem para nos oferecer. Sentimos que perdemos o controle, as rédeas, a direção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E junto a este turbilhão de sentimentos, de memórias e de promessas que fazemos a nós mesmos, está a ciência de que não somos senhores de coisa alguma, nem mesmo da nossa própria existência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A vida é frágil e só quem já sentiu na pele a sua fraqueza consegue entender o que digo. Nunca dei ouvidos às pessoas que dizem que precisamos viver como se fosse o último dia. Talvez por ser otimista em demasia, sempre acredito que o amanhã está por vir. E está mesmo, mas pode ser que ele se perca no caminho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje tudo mudou. A partir de hoje não só concordo, mas também assino embaixo. Devemos mesmo ser felizes como se fosse a última vez. Carecemos aproveitar a vida em sua totalidade e retirar dela tudo o que há de bom. A partir de hoje serei a favor de tudo o que nos permite um pouquinho de leveza e alegria; e nos prendermos às urgências do dia-a-dia não é o melhor caminho para isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje tenho consciência de que é necessário sonhar sim, mas que o presente, como o próprio nome já diz, é uma dádiva divina que precisa ser valorizada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dizem que só damos valor a uma determinada coisa quando a perdemos. Então, aqui vai um conselho meu: viva essencialmente enquanto ainda resta algum tempo. Nem sempre a gente recebe uma segunda chance.</div>Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-35963640228303843872012-08-03T00:45:00.003-03:002012-08-03T00:45:57.955-03:00De bobo, só a cara!<div style="text-align: justify;">
Sabe, assim como qualquer pessoa, também odeio ser feito de bobo.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Odeio quando as pessoas me olham e me julgam diferente do que sou.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo bem ter essa cara de cachorro que caiu da mudança, tudo bem a minha dificuldade de dizer não a qualquer pessoa, mas daí a pensar que posso ser feito de idiota?!</div>
<div style="text-align: justify;">
É muita pretensão sua achar que pode subestimar a minha inteligência, não acha?!</div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, eu só queria que soubesse que sei bem quais são as suas intenções.</div>
<div style="text-align: justify;">
Esses seus doces e ternos olhos, não me enganaram. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo bem... me enganaram sim; um pouco. E só no início. Mas agora já sei bem com quem estou lidando.</div>
<div style="text-align: justify;">
E quer saber?! Eu não me importo. É, eu não me importo. Eu te amo além de tudo... e além disso também. Acima de tudo, acredito que você ainda terá o seu momento de redenção. Acredito que guardará bons sentimentos no peito e, sobretudo, que estarei por perto quando isso acontecer.</div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez não mais ao seu lado, porque, menina... paciência também tem limite. E a minha não é lá das maiores.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, de qualquer forma, estarei torcendo por você. E estarei feliz, independentemente das circunstâncias.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu só quero que tenha consciência disso, de que eu sei quais são as suas pretensões! Quanto às minhas, deixo claro que meu único objetivo é te ajudar. Isso mesmo... ajudá-la a ser uma pessoa melhor! Porque amor só é amor, quando nos transforma no melhor que podemos ser.</div>
<div style="text-align: justify;">
E é isso que estou tentando desde o começo, dar a você o que há de melhor em mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sei que não adianta dizer isso, mas um dia você dará a este pobre que vos fala o valor que ele realmente merece. Talvez nem seja tão grande assim, mas certamente é maior do que aquele que você me oferece hoje.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tá aí! Eu gostaria de te perguntar isso... eu tenho algum valor para você? Significo alguma coisa?</div>
<div style="text-align: justify;">
É melhor nem responder, não é mesmo? Tenho certeza que você não quer me magoar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(Risos)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De tudo, o que realmente importa é que um dia eu terei valor aos seus olhos. Um dia, seja num futuro distante ou não. E para ser sincero, espero que este dia não tarde; por mim e por você.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sabe o que é?! É que eu acho que não há outra pessoa no mundo que possa amá-la mais do que eu. Porque, até hoje, só eu consegui amar os seus defeitos, as suas fragilidades e a sua indiferença. Amei tudo isso antes de conhecer a essência que você carrega escondida na alma; antes de me apaixonar pela docilidade dos seus olhos e pelas covinhas que se formam quando você sorri. Acredite, não há sentimento mais sincero do que este que levo no peito.</div>
<div style="text-align: justify;">
Só espero que você se dê conta disso em tempo hábil, pois não posso, e nem pretendo, esperar a vida inteira pelo seu amor (mesmo achando que somente ele me fará sentir completo).</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu tenho muitos planos e desejos para cumprirmos juntos; nós dois, no plural e singular! E sei que seríamos imensamente felizes. Mas para isso preciso da sua ajuda, um detalhe determinante; preciso que me ame também.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não pense que tenho preguiça de lutar por você, eu não tenho! Mas é que às vezes você parece tão alheia a tudo, que me falta estímulo para tentar uma vez mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
Já me chamaram de louco, já disseram que meus planos são insanos e mesmo assim eu continuo insistindo. Insisto porque sei o que sinto e porque sei que existe algo mais entre nós. Algo que eu ainda não sei explicar. Mas está aqui e aí também!</div>
<div style="text-align: justify;">
Sabe... eu realmente gostaria que você me visse assim, como uma boa opção para a sua vida, a melhor delas. Mas tenho que admitir, está difícil manter as esperanças. Não por mim, mas por você. Sabe como é, essa sua indiferença me mata aos pouquinhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
E eu espero que um dia você ame de verdade, mesmo que não seja eu, mas desejo que ame e seja correspondida. Só para que você tenha a sensação de como é se sentir completa.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sabe menina, você pode esquecer tudo o que falei, só não se esqueça de que eu conheço as suas intenções. Eu sei que você não quer se prender, mas acredite em mim: você já está presa. E não tente se explicar, eu já sei que não há maldade nos seus atos. É por isso que ainda estou aqui; para roubar toda essa tristeza e transformá-la em algo melhor. Então não pense que você está me enganando ou que conseguiu me iludir; eu sei que você ainda não me enxerga do jeito certo, sei também que não me ama, mas isso para mim é um mero detalhe. Eu estou aqui para você, porque quero e porque preciso. Amar você me mantém vivo.</div>Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-31623791422039848192012-07-04T00:09:00.001-03:002012-07-07T15:31:50.079-03:00Secret smile<div style="text-align: justify;">
— Bom, eu gostaria de te pedir desculpas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Descul... ?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Por favor, não me interrompa. Eu ensaiei tudo isso umas mil vezes no espelho do meu banheiro; deu trabalho. E outra... não quero ficar, mais uma vez, parecendo um bobo na sua frente. Hoje eu queria saber o que dizer, saber falar, argumentar. Claro, sem que você me interrompa!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Tudo bem se for assim?! — Ótimo! Você sabe mesmo ser compreensiva! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Então, como eu ia dizendo, eu gostaria de te pedir desculpas! É isso mesmo! Não adianta fazer essa cara de “eu não estou entendendo nada”, porque você sabe bem o motivo pelo qual estou aqui. Sem falar que esse seu altruísmo incondicional me deixa ainda pior.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Calma... Eu sei, eu sei que você não faz com essa intenção. Sei bem que esse é o seu jeito. Sei que você tenta exaustivamente agradar Deus e todo o mundo e saber disso me faz sentir um canalha ainda pior! Sabe, eu preferiria que você fizesse um escândalo, que me mandasse “pra aquele lugar”, me desse um tapa na cara. Qualquer coisa seria menos dolorosa do que ter que olhar esses olhos revestidos de um disfarce barato, que tenta a todo custo esconder sua decepção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Eu sei que eu errei. Errei muito. Errei feio. E pior, errei com a única pessoa que não merecia! E não me venha dizer que não é assim só porque você está com pena pelos meus olhos cheios d’água. Eu mereço isso. Mereço essa dor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Espera aí! Você deve estar imaginando que vou confessar uma traição né?! (risos) Eu sei como a sua cabeça funciona. Mas não é isso. Disso eu não seria capaz! Mas ao meu ver, o que eu fiz foi pior. Se eu tivesse te traído você choraria um mês sem parar, no próximo sairia todos os dias com seus amigos e diria que todos os homens são iguais e que você está bem melhor sozinha; no outro você começaria a ouvir Adele e a sentir falta de alguém para fazer um carinho... Sim! Fazer um carinho... porque você nunca pensa em receber! “O que vier é lucro”, não é assim que você dizia?! Então... e por fim, se convenceria de que não vale a pena tanto ceticismo e abriria seu coração para um novo amor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que fiz foi pior, porque não a vejo recuperar, mesmo depois de tanto tempo. Acho que fui te matando aos poucos. Logo eu, que dizia te amar tanto né?! E é por isso que estou aqui, para reconhecer e justificar os meus erros. Mentira! Não tenho a pretensão de me justificar, até porque não consigo fazer isso nem para mim mesmo. Mas apesar de tudo e depois de muito pensar descobri que tudo o que fiz foi por amor. Meio clichê isso, eu sei! Mas antes verdadeiro e clichê a falso e original. Não tenho nenhum plano mirabolante, não vou me fazer de vítima e esperar que você me acolha em seus braços novamente. Quero apenas ser verdadeiro, como nunca fui antes. Como eu dizia, foi mesmo por amor. E disso você não pode duvidar, porque sabe que foi a única pessoa que amei. Talvez ainda ame, não sei... mas vejo que não há mais espaço para nós. Eu admito que a minha forma de amar é um pouco diferente da sua, talvez mais possessiva. Não acredito naquela baboseira de “deixar livre tudo o que amo, se voltar é porque a tive; se não, é porque jamais me pertenceu”. Era por isso que eu queria você sempre por perto. Era insegurança, medo de te perder para uma liberdade mais vistosa. Achei que mantendo-a sob o “meu controle” você estaria sempre comigo. Ledo engano! Hoje vejo que quanto mais eu me esforçava para te “aprisionar”, mais você se distanciava de mim. Fico me perguntando como eu pude ser tão estúpido! E o que mais me maltrata é que você também me avisou que essa minha mania de você iria acabar com tudo! E acabou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Sabe, eu sinto falta das nossas conversas sem compromisso. E do tempo que a gente perdia fazendo nada juntos. Era bom... triste né, essa palavra?! Era! É estranho o poder que ela tem de nos fazer inúteis. E é bem assim que me sinto quando penso em nós dois, um completo inútil! Por que?!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Cara, tudo o que eu mais queria era estar sempre contigo... te amar e te proteger de tudo e de todos! Ver você crescer e vencer na vida... acompanhar o seu sucesso! E olhe para nós... olhe bem para onde nós estamos! Você com a sua vida inteira pela frente, vencendo e levando adiante todos os seus sonhos e eu aqui, sentindo como se a vida tivesse arrancado um pedaço de mim! E tudo isso porque eu tive medo; porque fui imaturo e inseguro; porque te amei além do que eu devia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Não... não precisa dizer nada! Eu sei que agora é tarde! Eu não preciso ouvir isso mais uma vez! Eu vim aqui só para lhe fazer um pedido. Não, não quero uma segunda chance! Sei que você não me daria essa oportunidade... e se desse, acho que eu faria a mesma coisa! Então, não vim para isso! Vim para dizer que não a reconheço mais. E percebi isso enquanto olhava nossas fotos antigas. Doeu ver o quanto você mudou e doeu mais ainda saber que eu contribuí para que isso acontecesse! Você não tem mais aquele brilho no olhar, e todas aquelas coisas cintilantes que todo mundo via ao seu redor desapareceram. Você está apagada. Até o seu sorriso não é mais o mesmo! Continua aberto, cheio desses dentes brancos e impecáveis, mas há algo em seus olhos... algo dizendo que você não é realmente feliz. Fico me perguntando onde você deixou aquela sua empolgação, a sua vitalidade. Sem falar naquele jeitinho de menina de 10 anos de idade, que mata qualquer um do coração! Onde tudo isso foi parar?! Cadê as suas demonstrações explícitas de carinho?! Cadê as lágrimas que, por qualquer motivo, rolavam pelo seu rosto?! Por onde andam aquelas canções que você insistia em cantarolar e dançar quando achava que estava sozinha em casa?! Eu tenho te visto tão séria, tão calada... e sei que você não é assim. Eu não queria ter roubado esse seu jeito doce de ver a vida e as pessoas. Não queria tirar de você justo o que me fez tão apaixonado! Não era essa a minha intenção... juro! É por isso que estou aqui... para pedir que você se abra novamente! Sem medo de se machucar, sem medo de se arrepender. Porque medo?! Medo, definitivamente, não combina contigo! Se arrisque mais, viva intensamente e se dê o luxo de viver um amor que vai lhe tirar do chão! Você precisa disso. Você não é feliz sozinha. Sorria mais! Não de qualquer jeito, mas aquele sorriso que só você tem! E não tente esconder a criança que existe em você... você é tão mais bonita quando está de mãos dadas com ela! Não se envergonhe da sua forma de demonstrar seus sentimentos... você nem imagina como é bom sentir-se amado por você. Volte a ser passional, cheia de defeitos imaginários, de dúvidas e incertezas, mas volte a ser feliz, volte a ser você!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Está surpresa?! Eu imaginei mesmo que ficaria. E não me leve a mal, mas eu prefiro a menina de antes... a senhora de hoje não é bem a sua cara!</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Bom, então é isso que eu tinha para dizer. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Não... não diga nada! Vou me sentir melhor assim. Apenas pense nas coisas que eu disse! E... bom... adeus... foi bom vê-la novamente!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Até logo!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
— Sabe... A forma mais sutil de se despedir de quem amamos é dizer até logo.</div>
<div style="text-align: justify;">
E nunca mais voltar.</div>Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-18891950696280228522012-07-02T00:31:00.003-03:002012-07-02T00:35:07.548-03:00Eu, você, nós<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para a minha descrença, as suas palavras.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para as minhas dúvidas, os seus gestos.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para o meu medo, o seu sorriso.</em></span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para as suas questões, o meu apoio.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para o seu bem-estar, os meus cuidados.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para a sua paz, o meu abraço.</em></span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para a minha insegurança, a sua sinceridade.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para as minhas paranoias, a sua paciência.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para as minhas chatices, a sua gargalhada.</em></span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para o seu desânimo, o meu colo.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para a sua desconfiança, a minha lealdade.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para suas lágrimas, meu ombro.</em></span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para o meu impasse, o seu conselho.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para a minha vida, a sua presença.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para minha saudade, sua chegada.</em></span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para as suas vitórias, o meu orgulho.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para as suas expectativas, minhas oportunidades.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para os seus desafios, a minha confiança.</em></span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para as nossas manhãs, mais “bom dias”.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para os nossos beijos, mais tempo.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para nossas noites, mais surpresas.</em></span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para nossos detalhes, atenção.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para nossos problemas, mãos dadas.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para nossas soluções, ideias.</em></span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para o nosso destino, o futuro.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para o nosso futuro, a felicidade.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Para a nossa felicidade, os nossos sonhos.</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>E para os nossos sonhos, a eternidade.</em></span><br />
<em></em>Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-11568412972702964992012-05-30T13:05:00.003-03:002012-05-30T13:05:39.340-03:00~ Guardados<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Há momentos que não passam. Ou melhor, há momentos que nós não deixamos passar. Escolhemos revivê-los à nossa maneira só para experimentarmos novamente as sensações que um dia se abrigaram em nossas almas. Hoje eu quis reviver o meu último aniversário; na verdade apenas um instante deste dia. Um pequeno intervalo de tempo suficiente para me emocionar e me marcar para sempre! No último dia 01 de outubro eu chorei ao ler uma carta e hoje, ao reler essas palavras, choro novamente. E em meio as lágrimas, agradeço a Deus e à vida pela sua amizade!</span> <div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">"Há algum tempo comecei a escrever-lhe uma carta, e confesso, perdi. Perdi-me no tempo de coisas e urgencias - essas malditas horas urgenciais que um dia descobriremos que foram banais - e deixei de elaborar a importância de muitas outras (e de muitas pessoas) para mim. Dias atrás lembrei-me do seu aniversário. Entrei em desespero: precisocomprarpresentecomovouencontra-lapraentregareacartaaindanãotermineimeudeuseagora?</span></em></div>
</blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Então, me acalmei um tempo. E não acabei a carta. Não acabei AINDA, porque não queria que ela saísse de um jeito desesperado, sério. Eu quero dar a essa carta todas as letras, desconfio que ela sairá com páginas. Não sei quando vou te entregar - estou sendo muito sincera. Vou tentar, claro, dá-la ainda nessa vida rs Mas não corri com tudo o que quero e preciso escrever, o que não me impede de elaborar outras coisas para te dizer nesse dia - <u>que sei que é importante para você.</u></span></em></div>
</blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Uma vez eu disse a Tchu minha visão sobre como são algumas mulheres. Mulheres calmaria, tempestade, furacão, chuva. Dei a ela o exemplo de minha irmã: uma mulher tempesta. Lindíssima, mas em qualquer minuto, alguém lhe rouba a paz, e ela se torna lágrimas, cuspe, gritaria, nervos. Tchu é uma mulher alvorecer, calmaria, ao lado dela sempre é dia, ainda que a noite chegue.</span></em></div>
</blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Bruna</strong> é uma mulher chuva fina batendo na janela. Chuva com sol ao mesmo tempo. É como estar numa tardezinha com uma pequena angústia no coração - a alegria está lá, num sol forte e amarelo, junto com a tristezinha, batendo como chuva fininha no chão (usei muitos diminutivos, mas não foi à toa). Você é como eu, uma mulher feliz, mas com todos os outros sentimentos embaralhados ao mesmo tempo por dentro, rodando e empurrando como tufão. Só que nós conseguimos controlar e deixamos sempre o sorriso aparecer para os outros. Guardamos e oferecemos o sol, e fazemos com que todo o restante, que tenta explodir dentro do peito, vire apenas a água que desce gélida pela janela - nossos olhos - da alma. Poucas pessoas notam a água descendo e conseguem extrair sua beleza. Não se pode chamar de triste quem ignora sua chuva para doar a claridade de seu sol. Essas pessoas são belas. São mulheres chuva com capuccino e pão de queijo, mulheres cheiro de pipoca com manteiga, mulheres música de Rachael Yamagata dividindo edredon com quem se ama, mulheres foto antiga de abraço engraçado para emoldurar na parede, mulheres mar de águas quentes durante a noite, mulheres rocha se desgastando lentamente pelo vento, mulheres amor maior do mundo. Mulheres Bruna.</span></em></div>
</blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Desejo, que no seu aniversário, a chuva cesse um pouco. O seu dia merece ser completamente ensolarado, sol laranja forte de felicidade. Mais ainda, espero que todas as pessoas lhe doem suas estrelas, enfeitem seu rosto de beijos, seu corpo de abraços, seu ar de alegria e amizade. Mas depois deixe a chuva voltar... Porque você é completa com ela, não pode deixar de sentir todo esse amor pelo mundo que não pediu para ter. Porque você é menina pássaro - e meninas pássaros vão para o paraíso.</span></em><em><br /></em><em><blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Parece que hoje não poderei te encontrar, mas quero ser ao menos um raio solar para você e dividir um abraço. Por enquanto, vamos dividir </span><a href="http://youtu.be/jJOzdLwvTHA"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">música</span></a><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> bonita de Ingrid Michaelson, música que vale para todo tipo de amor, do jeito que só a gente mesmo sabe que é lindo.</span></em></div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"></span></div>
</em><em><br /></em><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<em><blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">'If you were falling, then I would catch you.</span></em><em><br /></em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>You need a light, I'd find a match,</em><em></em></span><div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Cuz I love the way you say good morning.</span></em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">And you take me the way I am.</span></em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">If you are chilly, here take my sweater.</span></em></div>
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Your head is aching, I'll make it better.</em><br /><em>Cuz I love the way you call me baby.</em><em></em></span><div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">And you take me the way I am.</span></em></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>I'd buy you Rogaine if you start losing all your </em><em>hair.</em><em></em></span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Sew on patches to all you tear.</em><br /><em>Cuz I love you more than I could ever promise.</em><br /><em>And you take me the way I am.'</em></span><em><br /></em></div>
</div>
</blockquote>
</em><em></em><em><em><blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<em><em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Eu amo você!</span></em></em></div>
</blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
</blockquote>
</em><em><br /></em><div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Desculpe as rasas palavras.</span></em></div>
<em><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
</em><div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Feliz aniversário!</span></em></div>
<em><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
</em><em><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
</em><div style="text-align: justify;">
<em><a href="https://www.facebook.com/#!/liberlety"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Lety</span></a><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">.</span></em></div>
</em></div>
</blockquote>Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-57599810968858731142012-04-21T15:24:00.000-03:002012-04-21T15:25:29.397-03:00Canteiros<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>"Ando devagar porque já tive pressa,</em></span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>E levo esse sorriso, porque já chorei demais,</em></span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, ou </em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Nada sei, conhecer as manhas e as manhãs,</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>O sabor das massas e das maçãs.</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>É preciso amor pra puder pulsar, é preciso paz </em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir.</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Penso que cumprir a vida, seja simplesmente </em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Compreender a marcha, ir tocando em frente,</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Como um velho boiadeiro, levando a boiada</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou,</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Estrada eu sou, conhecer as manhas e as manhãs,</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>O sabor das massas e das maçãs, </em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>É preciso amor pra puder pulsar, é preciso paz </em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Um dia a gente chega, no outro vai embora,</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Cada um de nos compõe a sua história, cada ser em si </em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz,</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>conhecer as manhas e as manhãs,</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>O sabor das massas e das maçãs,</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>É preciso amor pra puder pulsar, é preciso paz </em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Ando devagar porque já tive pressa,</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>E levo esse sorriso, porque já chorei de mais,</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Cada um de nos compõe a sua história, cada ser em si </em></span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz."*</em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<em><span style="font-family: Georgia;">(*Renato Teixeira e Almir Sater)</span></em></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYPzjk5VO3hmYApimEOpF5Iu_slKA0t7YaA9KgTlJ30bgDxWPwM0YwDZ5BxzxQ_4WntHPYkhJ7WEIimks0vH8vjWChlO03vrrXtLdFkjjHwpqW33MFpN9hhoq7_VtD-ufJBReBd8fQbLIG/s1600/regar_planta.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" qda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYPzjk5VO3hmYApimEOpF5Iu_slKA0t7YaA9KgTlJ30bgDxWPwM0YwDZ5BxzxQ_4WntHPYkhJ7WEIimks0vH8vjWChlO03vrrXtLdFkjjHwpqW33MFpN9hhoq7_VtD-ufJBReBd8fQbLIG/s320/regar_planta.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Ao ouvir essa canção, a qual foi trilha sonora da minha infância, me pus a pensar na vida. E ao fazê-lo recordei-me daquela passagem bíblica que nos diz que “debaixo do céu existe um tempo para cada coisa”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">A vida e suas regras... cabe a nós a habilidade de conhecê-las, nos seus mínimos detalhes, para que aquela esteja favorável a nós.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Eu tenho muito medo de começar a viver de forma contrária à vida, seja por não conseguir descobrir o movimento natural dos fatos, dos acontecimentos, seja por qualquer outro motivo. Quando não fazemos com que o nosso coração seja um território onde a nossa existência possa acontecer de forma natural, corremos o risco de comprometermos a nossa experiência; e como acreditamos que esta única, carecemos viver bem cada momento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">A sabedoria nos diz que precisamos compreender e aceitar o tempo de cada coisa, e a música acima nos diz exatamente isso. Da mesma forma como é natural a reação da natureza no momento em que a chuva visita a secura do chão, assim também devemos reagir diante do que nos é oferecido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Viver (bem) é basicamente isso. Entendermos que também temos (ou deveríamos ter) um tempo para cada coisa; e que também possuímos este movimento natural, que nos encaminha até mesmo para as curas que precisamos viver. O tempo é uma arma favorável, desde que a gente permita que seja natural a passagem dele por nós.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">“É preciso paz pra poder sorrir” e é verdade. O sorriso não nasce por acaso. Antes de ser esboçado ele foi construído. Quando você vir um sorriso sincero em qualquer rosto que seja, tenha certeza de que muito foi realizado para que ele pudesse acontecer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">É interessante percebermos as construções que precedem o acontecimento. E repito, nada é por acaso! Imaginem quanto precisamos viver, quanto precisamos estudar, andar, conhecer, sofrer, perder, para chegarmos onde estamos! E é por isso que não podemos negligenciar a oportunidade de “sermos” hoje. Simplesmente porque não foi por acaso! Foi preciso muita luta para caminharmos até aqui.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Muitas vezes encontramos pessoas realmente sábias ao longo da vida, e as reconhecemos graças a capacidade que possuem de falar e contar as suas histórias de um jeito já “curado”. É então que nos perguntamos como tanto sofrimento pode ter cedido lugar a um sorriso tão largo?!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Eis que surge a resposta: “ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais”. E na minha opinião não há nada mais fantástico que a construção do sorriso! Boa parte das nossas alegrias nos demanda tempo; e é por isso que, no momento em que ela visita o nosso coração, somos preenchidos por aquela sensação de termos encontrado exatamente o que estávamos procurando. Trata-se de algo que se registra definitivamente em nós, marcando-nos para o resto de nossas vidas. E jamais esqueceremos aquela sensação porque a mesma não aconteceu por acaso, foi construída com esforço e talvez até um pouco de sofrimento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Mas é incrível como aquele momento de alegria é capaz de apagar todas as imperfeições do caminho que nos levou até ele. E após o sorriso sincero é como se aquele sofrimento nunca tivesse existido, pois a alegria alcança o seu limite máximo quando dá um novo significado ao passado. É como a mulher que sofre as dores do parto e que depois de ter o filho nos braços, não se recorda da dor que sentiu.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">A vida é assim... nós só precisamos permitir que ela aconteça de forma natural. E é natural que vez ou outra algo nos desajuste e nos desoriente, mas quando temos fé na vida, carregamos dentro de nós a esperança de que tudo vai se encaixar; e que para que isso aconteça, só é preciso um pouco de calma.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Particularmente falando, eu me deixo levar demais pelos sentimentos, o tempo todo. Resumindo, eu sou muito “à flor da pele”. E por saber disso é que eu tenho a consciência de que preciso aprender a deixar de sê-lo, já que a vida não é perfeita, muito menos as pessoas. Mais cedo ou mais tarde as coisas podem fugir do nosso controle e é fundamental que saibamos lidar com isso. É horrível quando percebemos o quanto nós nos estragamos, o quanto sacrificamos o nosso bem-estar com as nossas pressas, as nossas ansiedades, as nossas iras. E então descobrimos que isso só diminui no instante em que a sabedoria visita o nosso coração, no momento em que começamos a lidar com a vida com a mesma simplicidade que outras tantas pessoas já experimentaram.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Funciona, mais ou menos, como tocar um instrumento. Com o passar do tempo o que antes era novo, torna-se corriqueiro, até automático e passamos a lidar com ele com mais simplicidade; buscando a nota que sabemos onde mora, mas, ao mesmo tempo, permitindo que a nossa criatividade nos faça encontrar o mesmo acorde, porém de um jeito novo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Ao compormos a nossa melodia, devemos ter em mente que vamos compartilhá-la com outra pessoa e que este é o motivo que justifica a mudança dos seus acordes. Talvez tenhamos experimentado na maioria do tempo notas de tristeza e sofrimento, entretanto doá-las a alguém é injusto. Não há quem mereça receber tristeza! Não devemos transmitir o peso do que vivemos, mas aproveitar a oportunidade de dar um novo significado ou de interpretar de um jeito diferente a melodia que foi tão desarmoniosa para nós.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">É a vida. É a construção da sabedoria. A esta última se constrói quando temos a oportunidade de olharmos para o vivido e encontrarmos um novo jeito de significá-lo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Tanta sabedoria em uma letra tão ligada ao contexto rural pode causar surpresa em algumas pessoas; mas acredito que elas o sejam justamente por esse motivo. Quem tem contato com a “roça” sabe bem o que é esperar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Quem planta sabe que ao se lançar ao chão uma semente, é necessário aguardar o tempo adequado para ela nasça. Mais que isso, é necessário cuidar, adubar, regar e rezar; rezar pedindo a Deus que não falte chuva ou que ela não caia em excesso. Quem planta concede todo o cuidado necessário para garantir àquela semente o direito de crescer; o resto espera-se acontecer. É nesse momento, após um dia de trabalho, que o chapéu é retirado da cabeça e colocado sobre o peito como sinal de respeito; e uma prece é destinada aos céus, rogando ao Senhor proteção para a sua lavoura.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">É a sapiência do simples, do rural, nos ensinando que a vida é assim mesmo. Nós também cuidamos das nossas coisas, das nossas questões, dos nossos sentimentos. Mas há sempre um momento em que a gente tira o chapéu e entrega para Deus.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">O que não podemos ignorar é que nada irá nascer, florescer ou frutificar, se antes não for plantado. Essa é a atitude de que deve se tornar rotina. Hoje precisamos plantar um novo tempo. Hoje precisamos nos plantar novamente, a fim de que no amanhã eu possa desfrutar da experiência do renascimento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Aquele que fomos ontem já não serve mais para o dia de hoje. Por que? Porque a vida mudou. Ela foi vivida, ela avançou. E hoje precisamos encontrar um novo motivo para sermos a nossa essência, precisamos reorganizar as nossas esperanças, nos refazermos; e se não seguirmos essa premissa, a chance de fracasso é alta. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">É necessário plantarmos algo novo diariamente, para que tenhamos sempre a oportunidade da colheita. Caso contrário, chegará o dia em que estaremos diante de nossas vidas e não teremos nenhum fruto para colher.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">A mesma pessoa que se colhe o tempo todo, é também a mesma que precisa plantar-se e ser cuidada. Pois dentro de nós, estão todos os canteiros em suas fases respectivas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Se sentimos hoje a necessidade de termos um fruto pra colher e não o encontramos, talvez seja porque tenhamos negligenciado o seu plantio; ou porque tenhamos negligenciado o cuidado do que foi plantado um dia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Jamais podemos perder a dinâmica das esperas. Esperar não é ficar sentado, mas trabalhar o tempo todo. O tempo das esperas é o tempo do preparo. Hoje estou aqui, trabalhando em todos os canteiros que sou. Somente para que hoje eu possa me semear, para que hoje eu possa me cuidar e para que também hoje eu possa recolher frutos desse coração que sou.</span></div>
</div>
</div>Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-20530341341100233012012-03-11T18:03:00.005-03:002012-03-11T18:17:43.374-03:00O que não precisamos guardar<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwCsVIgjDyrZAok6JF3rLMac2vjfOVklT1f6_xnf-NakpXW_kN9Bwa9qQ4UUQzhxutf9HxktrY7F_TH8idb9ho24WW_0FI7dPd7viCcbsMaPL-JsMFmQ6ByZQdz8lzG2_guVJIBjOx0ZFk/s1600/baloon.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 258px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5718750814201026050" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwCsVIgjDyrZAok6JF3rLMac2vjfOVklT1f6_xnf-NakpXW_kN9Bwa9qQ4UUQzhxutf9HxktrY7F_TH8idb9ho24WW_0FI7dPd7viCcbsMaPL-JsMFmQ6ByZQdz8lzG2_guVJIBjOx0ZFk/s320/baloon.jpg" /></a>É estranho o nosso jeito de esperar o novo sem a intenção de nos desfazermos do que é antigo. O passado não passa quando fechamos a porta para que ele não vá embora.<br />Todas as vezes que insistimos em martirizar dentro de nós alguma experiência negativa, devemos fazê-lo com a consciência de que esta não vai passar.<br />Todos nós sabemos que o tempo é o melhor remédio que podemos viver, experimentar e administrar em nós. A dor que me afligia tanto ontem, talvez amanhã esteja menor, mais suportável. É o efeito do tempo sobre a nossa vida; se não nos cura, nos acostuma.<br />Diante de algo que nos incomoda, que nos impede de seguir adiante, a primeira coisa é saber que só podemos fazer o que estiver ao nosso alcance. Não andianta esticarmos os braços para tentar alcançar o inalcançável.<br />Se existe algo nos engasgando, ou se ainda há qualquer coisa que precisa ser resolvida em nosso coração, precisamos ter atitude e resolver; seja através das palavras, seja pelas lágrimas. Se podemos fazer algo para diminuir essa sensação de desconforto que muitas vezes nos sufoca, devemos fazer sem medo. Porque dessa forma, mesmo que lentamente, começamos a abrir as portas para que esse passado possa nos deixar e ocupar o seu devido lugar.<br />Qualquer atitude oposta a essa nos faz reprezar a experiência que não valeu à pena, agarrar-nos, sem necessidade, ao acontecimento que nos machucou. Então a gente, mesmo que involuntariamente, se coloca num processo contínuo de “automutilação”, já que as lembranças, o rancor e o ressentimento só nos causam novas feridas.<br />Eu nunca conheci alguém que se sentisse bem, que ficasse “curado” guardando ressentimentos. Por um simples motivo: o que é o ressentimento?<br />Re-sentir. É sentir várias vezes. Sendo assim, jamais irá cicatrizar por completo.<br />Alguém já reparou que quando temos uma ferida em cicatrização, durante o processo ela começa a coçar?!<br />Existem muitas situações afetivas que no momento em que começamos a nos recuperar dela, temos aquela sensação de querer retomar. São as “coceirinhas” da cura.<br />O importante é saber que devemos manter o nosso controle. É termos a consciência de que se coçarmos aquela ferida já quase curada, causaremos uma ainda maior.<br />Então, segure-se. E não ceda às provocações que não lhe oferecem um retorno concreto. Consiga manter sobre controle os seus olhos. Consiga manter sobre controle os seus ressentimentos. Consiga manter sobre controle as suas carências. E então, viva a libertação das injúrias que aquele fato lhe provocou.<br />É a vida... todo mundo se machuca. E infelizmente (ou não) não podemos construir uma redoma ao nosso redor. É por isso que precisamos saber que vez em quando as pessoas vão nos ferir com suas palavras, talvez até com as suas atitudes. O que não podemos permitir é que a palavra e a atitude que ferem, venham demorar demais em nós; venham se estender além do tempo que deveriam ficar, e com isso acabem por estragar a nossa essência.<br />Nos afetos funciona desse jeito. Quando algum acontecimento nos magoa verdadeiramente perdemos a disposição pra tudo; porque, independentemente do que tenha acontecido, aquilo tem um impacto sobre nós. E nos afeta tanto porque aquilo que talvez tenhamos perdido tinha um significado importante em nossas vidas. O que precisamos é aprender a administrar o tempo que esse impacto vai durar. Afinal, é o nosso ser, a nossa essência que está em jogo!<br />E acredite! Há sempre uma “feridinha” que precisa ser cuidada.<br />Há mais em nós precisando de consertos do que podemos perceber! Há muitas “curas” precisando serem feitas! E muitas vezes, é necessário voltarmos ao nosso passado para compreendermos o nosso presente.<br />Porque às vezes somos tão arrogantes? Será que alguma vez no nosso passado fomos humilhados demais e, porque fomos humilhados demais, temos dificuldades de gerir os momentos em que alguém nos contesta?<br />Ninguém é por acaso.<br />A renovação do “ser” acontece através da nossa reflexão; naqueles momentos em que começamos a colocar em ordem os nossos sentimentos desordenados, ou quando começamos a retomar a harmonia que às vezes a vida e os acontecimentos retiraram.<br />É isso que eu lhe desejo... que no hoje da sua vida, da sua história, você esteja empenhado em curar as feridas do seu ser. Se te machucaram, se te magoaram, se te feriram, não leve isso contigo. Ou melhor, leve! Leve como ensinamento para que você não faça o mesmo com o outro. Mas não permita que isso se transforme em amargura.<br />A tristeza para ser criativa tem que exercer dentro de nós o movimento da superação. Se estamos tristes, chateados ou magoados, devemos viver estes sentimentos com o propósito de superá-los. Pois, se não superamos, corremos o risco de colocar em nossas vidas um sabor amargo. E este, não faz bem ao coração.Um coração amargurado não consegue perceber a vida, permanece focado sempre nas mesmas coisas. E quando não ampliamos o nosso olhar, aumentamos as chances de infelicitar a nossa experiência de vida.<br />Eu desejo do fundo do meu coração que hoje a sua essência possa ser fortalecida!<br />Não permita ser objetificado por alguém, não permita nenhum tipo de desrespeito. Tenha a coragem de gritar a sua independência. Porque a vida te quer livre! Livre e com condições de mergulhar cada vez mais fundo nos seus mistérios.<br />Corrija o que for necessário, conserte o que estiver quebrado e, sem dúvidas, as suas obras serão muito mais satisfatórias. Porque no final das contas, é isso que desejamos: um coração puro para que a nossa atitude possa ser apenas um reflexo de um gesto que ainda nem começou. O gesto, mesmo antes de acontecer, tem o poder de nos mover. É um movimento que o outro não percebe, mas que nos leva a ir adiante, nos trás coerência. Antes do nosso gesto de amor, existe em nós um coração que ama. E isso precisa ser cuidado o tempo todo. Porque um coração fragilizado demais, machucado demais, pode vir a se tornar um território infértil; e aí, de nada adianta uma atitude.<br />Quando realizamos um gesto de amor, não é só o outro que é beneficiado, mas nós também somos. Porque o amor, assim como ele faz bem a quem recebe, também faz um bem imensurável a quem o oferece.</div>Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-69376470840573177162012-02-20T14:55:00.002-02:002012-02-20T15:00:30.682-02:00Hoje é dia de Alice! ~<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoMVxSj5X8Wi7GPzMmtu1xL2XaydBoiTBuFw2gUEFsU-dxs0K1Ez-Wa1E8TMeRRbHIlodTHBNp8QW6T5zTrOFgj9UMqM_6NY0FV9WHgWf_5xmINzXHPp510hITUoKYl_iVKoEY8ly0yMeR/s1600/alice.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 234px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5711263526783906146" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoMVxSj5X8Wi7GPzMmtu1xL2XaydBoiTBuFw2gUEFsU-dxs0K1Ez-Wa1E8TMeRRbHIlodTHBNp8QW6T5zTrOFgj9UMqM_6NY0FV9WHgWf_5xmINzXHPp510hITUoKYl_iVKoEY8ly0yMeR/s320/alice.jpg" /></a>Nenhum dia seria mais oportuno para falar sobre amizade do que hoje. Simplesmente porque hoje é dia de Alice. A Alice que, quando pode, tenta me fazer acreditar em um mundo de maravilhas. Em um universo que talvez ela tenha criado para si mesma, mas que não se importa em dividir comigo. Por vários motivos! E o principal deles seja talvez essa tal de amizade.<br />Amizade é uma espécie de parentesco, um tipo diferente, espiritual. Aquele que reconhecemos quando nos olhamos nos olhos e percebemos que temos algo em comum. E porque temos algo em comum, a vida se encarrega de nos encaminhar para ficarmos juntos em todo e qualquer momento. Nos momentos de alegria, de dificuldades, de tristeza, de desespero, de esperança.<br />Amigo é a oportunidade que nos é dada de sermos visitados por uma graça divina. É o território humano onde Deus se manifesta; pelo qual Ele nos fala.<br />O que mais encabula na amizade é que ela ultrapassa a possibilidade de estarmos juntos, fisicamente falando. Porque às vezes nos sentimos amigos de pessoas que jamais estiveram ao nosso lado; eu mesma tenho amigos que nunca vi, que nunca abracei. Mas isso não os tornam menos importantes para mim!<br />Amigos não são apenas aqueles que participam diretamente de nossas vidas; não são só aqueles que visitam nossas casas ou nós as deles. O significado dessa palavra é maior... bem maior. E se ainda não for, nós podemos (e devemos) dilatá-lo. Pois não acredito que eu seja a única a pensar que é importante nos reconhecermos um pouco em outras pessoas. Mais que isso! É maravilhoso termos alguém capaz de quebrar os nossos paradigmas, as nossas ignorâncias; e aqueles que tem o poder de realizar isso em nós pode, sim, ser chamado de amigo.<br />E eles o são porque nos convidam a superar, cada vez mais, os nossos limites. Porque são a palavra que nos orienta, a regra que nos coloca em um caminho menos agreste. São amigos porque nos ajudam a quebrar o que em nós precisa ser quebrado; ou a remendar o que em nós precisa de remendos. E mais, porque ajudam a dar sentido para aquilo que em nós está vazio, nos retirando do caos e fazendo o nosso absurdo ter algum significado.<br />Com o passar dos dias percebi que, para sermos realmente felizes, precisamos ter raízes. E as nossas raízes verdadeiras são pessoas. Muito mais do que o lugar em que eu nasci, as raízes que eu digo ter são amigos que ainda me conhecem, que ainda me freqüentam. São aqueles que ainda visitam minha alma com as suas influências positivas. Pessoas que com o seu olhar são capazes de me ajudar a compreender o próprio significado da vida.<br />Nós não podemos permitir que a superficialidade seja nossa regra. E nisso nós precisamos ser antigos! Precisamos cultivar a amizade que nos coloca na perspectiva do crescimento. É importante termos alguém que tenha acesso ao nosso coração, que saiba reconhecer o que a gente precisa, quais são as nossas fragilidades, quais os nossos limites. E reconhecendo isso, através de uma postura amorosa, seja capaz de nos ajudar nesse processo. E o mesmo nós devemos fazer pelos outros.<br />A vida é assim, sempre uma experiência de generosidade.<br />Eu tenho cada vez mais a convicção de que saber ser amigo é ter a capacidade de saber fazer um empréstimo. Emprestar o coração, o ouvido, o braço, o ombro, o colo, o olhar. Porque bons amigos são aqueles que se emprestam no momento da necessidade.<br />A amizade consiste em sermos para o outro aquilo que ele não tem naquele momento. Nós não somos anjos, somos humanos; marcados por limites, por incompreensões, e por dificuldades. Erramos e acertamos, mas somos capazes de amar e sermos leais; é isso que faz de nós um amigo de verdade. É isso que nos faz capaz de podar o que há de ruim no outro com apenas uma palavra. Quem se compromete não permite que cresça dentro do coração que ama algo que possa ser ruim. E é bom termos alguém que também cumpra o papel de nos amar do jeito certo, e de fazer acontecer dentro de nós a ressurreição de cada dia. Por um simples motivo... há dias que nos sentimos meio mortos... e então, precisamos renascer!<br />Obrigada, Alice, por tantas vezes me fazer acreditar que eu poderia nascer de novo. Obrigada por me reinaugurar, mesmo quando eu estava decretando falência. Obrigada por sempre acreditar em mim e por me apoiar, mesmo que a distância. Obrigada por ser sempre presente e por fazer questão disso! Obrigada pelas palavras, pelo incentivo, e pelo carinho. Sobretudo, obrigada pela amizade!<br />Eu poderia lhe desejar muitas coisas hoje, poderia lhe dar alguns presentes, mas talvez, daqui a alguns anos, eles já tenham se acabado. O que lhe ofereço hoje, pode (e irá) existir para sempre... pelo menos para sempre enquanto eu viver! São o meu respeito e a minha amizade!</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Feliz aniversário!</div><br /><div align="right"><br /><br />(18/02/2012)<br /><br /><br /></div><br /><div align="justify"></div>Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-33010928890571305022012-01-11T23:16:00.003-02:002012-01-11T23:22:26.368-02:00O que não podemos exigir<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHxPSDkmHZ2w47A4PomQ9zXF0AxQc5z_HCtjYW8Mp6GsGlzjRBEB-nZh6xImQxXwVQYeXNVoKCcp47DsVmk75gbUcaUi8-vbELlh5wVjUWpQKd6UDAmBb2MSZcv2C_x8aShfDM1PHCjGf1/s1600/tumblr_lw8nh38u3i1qi9ghio1_500_large.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5696549602445993906" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHxPSDkmHZ2w47A4PomQ9zXF0AxQc5z_HCtjYW8Mp6GsGlzjRBEB-nZh6xImQxXwVQYeXNVoKCcp47DsVmk75gbUcaUi8-vbELlh5wVjUWpQKd6UDAmBb2MSZcv2C_x8aShfDM1PHCjGf1/s320/tumblr_lw8nh38u3i1qi9ghio1_500_large.jpg" /></a>Já perdi as contas de quantas vezes tentei entender porque o amor é sinônimo de sofrimento.<br />Amar faz bem para o corpo e para a alma; nos trás paz de espírito e desperta em nós uma felicidade “sem motivos”. Mas já cheguei à conclusão de que não há como ficar apenas com a parte boa da “coisa”!<br />O amor é uma forma de doação. Toda vez que amamos, pedimos licença a nós mesmos e permitimos que outra pessoa faça parte do contexto da nossa vida. E acho que é até natural que isso machuque. Dar a outra pessoa um espaço em nossas vidas e, ao mesmo tempo, aceitá-la em sua essência, pode parecer fácil, mas não é!<br />É isso que nos faz sofrer tanto. Nem sempre o jeito de ser do outro é para nós inteiramente favorável. E ignoramos isto porque quando realmente gostamos de alguém, somos capazes de superar muitas coisas; pelo simples motivo de que o nosso sentimento torna-se infinitamente maior ao que nos desagrada.<br />O momento derradeiro é quando o que nos desagrada passa a ser superior ao quanto a gente ama. Nesse instante o perdão torna-se mais difícil e com o passar do tempo, escasso. Quando já não existe em nós aquela vontade incontrolável de relevar os erros alheios, é porque a face ruim está sobressaindo.<br />Não tente se enganar, esse não é um privilégio exclusivamente seu ou meu. Esse descuido pode acontecer com qualquer um ao longo da vida. Se não somos cuidadosos, fazemos prevalecer a nossa parte ruim e, por conseqüência, despertamos o que há de ruim no outro. É por isso que precisamos ter cautela, tato e até um pouco de complacência.<br />Não é raro o desejo de sermos amados e tratados com carinho e respeito. Mas será que contribuímos para isso? Será que estamos fazendo a nossa parte?<br />Essa é uma questão que nós precisamos ter coragem para tocar, pois às vezes somos tão difíceis que a possibilidade de despertarmos o amor alheio passa a ser quase impossível. E não é que o outro não queira, mas são tantos os obstáculos e empecilhos que nós mesmos colocamos que o objetivo torna-se inalcançável.<br />É necessário que tenhamos cuidado para não afastarmos as pessoas que estão ao nosso redor. Cuidado para não exagerarmos, para não forçarmos um querer bem que pode acabar provocando um efeito contrário. E, principalmente, devemos aprender que o amor é natural, a amizade é um processo natural, assim como a aproximação. Se não aconteceu é porque não há naturalidade, espontaneidade. E, dentre outras coisas, amor é algo que não se pode exigir.</div>Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-86625399502891218892012-01-09T23:11:00.001-02:002012-01-09T23:20:12.327-02:00<div align="justify">Hoje eu apaguei as quatro temporadas de “Felicity” do meu computador. E o fiz com uma certa dorzinha no coração. Eu sei que alguns de vocês vão pensar que sou idiota, outros terão certeza, mas uma (pequena) parcela concordará comigo. Aprendi muito com aquela série. E dentre as outras coisas que me chamaram atenção nela, está o quanto somos capazes de perdoar quando amamos verdadeiramente.<br />A dinâmica do perdão não consiste em contarmos quantas vezes perdoamos, já que sempre teremos alguém para perdoar; por um motivo muito óbvio: estamos cercados de pessoas que tem valor para nós.<br />Perdoar transforma-se num desafio no momento em que percebemos que o outro não muda. A partir de então precisamos ir além e passarmos a adotar atitudes que vão, de alguma forma, conscientizar o outro do mal que ele comete contra os outros e contra ele mesmo. É por isso que perdoar não é somente pronunciar um “eu te perdôo”. É uma atitude que deve abranger um pouco mais e representar um motivo que nos leve a reflexão. Porque o perdão não é uma atitude mágica, muito menos uma regra simples de ser vivida. Ao redor dele há uma grande dinâmica existencial.<br />A regra do perdão permeia sempre a análise de nossas próprias vidas, daquilo que fazemos para machucar ou ofender. E sendo assim, talvez o que nos falte é sermos mais duros; e não só perdoarmos, mas também estabelecermos algumas regras.<br />Se você me magoa, a decisão de perdoá-lo ou não é minha. Mas além disso, acho que seria bom se estabelecêssemos um limite, pois eu não quero ser magoada novamente.<br />O que ocorre às vezes é que os outros não entender esse “basta” como verdadeiro. E, geralmente, a culpa disso cabe a nós mesmo; uma vez que é comum colocarmos esta regra e não darmos autoridade a ela. Muitas pessoas não mudam conosco, simplesmente, porque não mudamos também a nossa maneira de exigirmos respeito.<br />Mas e o perdão? Quantas vezes eu preciso ou devo perdoar?<br />A resposta é mais simples do que parece: quantas vezes tivermos motivos para isso.<br />De tudo, o que me causa mais temor é a possibilidade de que o desgaste das mágoas nos faça perder o amor que sentimos um pelo outro. E ao perdermos o amor, o respeito, perdemos também a vontade de perdoar.<br />Dizem que se conselhos fossem realmente bons, os venderíamos; mas, de qualquer forma, aqui vai o meu:<br />Se você tem “pisado (muito) na bola com alguém”, cuidado. Você pode sofrer as conseqüências de não ter sido capaz de dar valor ao perdão que tantas vezes recebeu.<br />Hoje tentei olhar as coisas de outro ângulo, de cima. Ter uma visão um pouco mais imparcial. Com isso percebi que (como sempre) existem dois lados, duas dinâmicas. Primeiro a de quem concede o perdão. Este deve fazer tudo o que for possível manter vivo o amor que trás em seu coração. Pois, se o outro persistir errando, será indispensável ter reservas de amor para continuar ajudando. Segundo, a outra metade, aquele que está sendo perdoado. Este carece também assumir um posicionamento. Não é correto nos acomodarmos diante da expectativa de um possível perdão. E fazermos isso é uma forma de nos comprometermos com o amor que nos é dado.<br />Amar implica obrigações. E ser amado também.<br />Se você sabe que existe alguém que te ame e te respeite, isso deve modificar a forma como a interpreta; o jeito de lidar com ela. Você deverá ter mais tato, mais traquejo para não deixar a sua pior parte prevalecer. E esse é um trabalho que deve ser executado todos os dias, todas as horas e de forma exemplar. Porque conviver está longe de ser fácil.<br />Se o perdão é tão necessário à vida humana, é porque somos frágeis e cometemos muitos erros. Muitas vezes não conseguimos fazer o bem que queremos e terminamos por fazer o mal, involuntariamente.<br />O que devemos ter sempre em mente é que a experiência do perdão, por mais dolorosa que seja, sempre vale a pena. Nós não podemos desanimar dos outros. Precisamos ter sempre a coragem de reinventar diariamente os nossos significados, os nossos motivos. Olhar para quem amamos e renovar com eles o nosso compromisso. Porque se não o fizermos, corremos o risco de cair na mesmice, na rotina que muitas vezes estrangula o sentimento. E, não sei se felizmente ou infelizmente, o amor é assim... se você não exercitá-lo, ele morre.<br />Da mesma forma que o exercício fortalece o músculo, o amor fortalece a relação humana. Amigos serão mais amigos, à medida que se amam mais.<br />E na dinâmica do amor está o perdão. Pois, por mais que queiramos acertar, em alguns momentos o erro vai existir. O que importa é sabermos que isso não exclui a responsabilidade de sabermos como erramos, quando erramos e porque erramos. É esta ciência que vai nos permitir realizar um trabalho em nós mesmos, na tentativa de neutralizar as situações que nos fazem errar... e aí entra a velha questão, a qual eu não me canso de falar: o auto-conhecimento. É importante que a gente conheça o nosso funcionamento. O que nos irrita. O que nos faz chegar ao limite. Só assim poderemos trabalhar nessas questões.<br />Se eu pudesse fazer um pedido, pediria para que você não se deixe acomodar. Nós precisamos ser muito fortes, em todos os sentidos. Precisamos ter disposição interior para amar e perdoar quantas vezes forem necessário. E acima de tudo, precisamos ter disposição para evitarmos a mágoa. Acho que esta é a grande questão. Muitas vezes desejamos ser perdoados, mas não temos disposição para evitar o que magoa. E não adianta dizer “eu sou assim” para se justificar. Porque quem ama, vive... e quem vive é capaz de mudar.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 254px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5695806710528523810" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6LMpsichptB4pqEt6nNtjIfGe9uWZmtR6X7bunnvyWY9fsczIMBBJuWh0c67KZBJMTetj-5szwdBE5DfhgA-HXBI8xbvOVCiflmkuSljj37A0eMxDnO-Y0OeD2ETncELX0NMIgSjKIhs9/s400/tumblr_lwxfruo7Qe1r8jrj8o1_500_large.jpg" />Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-11244427293551628892012-01-05T21:40:00.002-02:002012-01-05T21:51:08.082-02:00<strong><span style="font-size:130%;">Flor das Alterosas</span></strong><br /><br />Ultrapassando os limites da tela fria do monitor<br />Manifestou – me uma sensação incrível e inesperada<br />Apresentando a singela beleza do interior<br />Nada se acrescenta a essa mineirinha encantada<br /><br />Jorra simpatia em seus traços delicados<br />Ornamenta os pensamentos de quem a observar<br />Brilho intenso da juventude em seus olhos adocicados<br />Refletindo a infinita meiguice que lhe é peculiar<br /><br />Única estrela de um tempestuoso nevoeiro<br />Norteia o destino das situações mais aflitivas<br />Afasta a tristeza com um sorriso terno e verdadeiro<br />Transformando os obstáculos em soluções positivas<br /><br />Umedece o caminho de uma atroz aridez<br />Provoca forte admiração e um desejo inestimável<br />Irradia gentileza em seu jeito cândido e cortês<br />Nulo é o pessimismo nessa figura tão amável<br /><br />Acalma e protagoniza o mais nobre dos sentimentos<br />Mostrando carinho extremo em todos os instantes<br />Bloqueia o fracasso de um fugaz sofrimento<br />Antecipando – se com alegria incomum e cativante<br /><br />Martiriza – me a eterna distância que nos separa<br />Aumentando a expectativa para um encontro futuro<br />Incapaz de descrever o êxtase que se prepara<br />Acompanharei os passos da felicidade que procuro.<br /><br />(Daniel Marangon Jorge)<br /><br /><br />_____________________________________________________________<br /><br />A poesia acima foi escrita pelo Daniel (o lindo da foto abaixo! rss).<br />E sabem o que tem de melhor nela?! É que foi feita para mim (reparem que é um acróstico)!<br />Preciso dizer que ninguém nunca me dirigiu palavras tão belas quanto essas! Fiquei muuuito feliz com este presente!!!<br /><br />Obrigada, Dan!!! Você é mesmo um anjo!!!<br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY6tlBSWHkxxwUdfpZc0z2yYz_rmMKWgohq8uFaw2gQETwWPCholwytoX_7jQ-QclG5XsgrgFQ6ZTRAb3k_b6VlkG0CzZRJzjw5pvF_r89hiQOSvfWZExRQ7teOm7Vo4Cq1XqPY9bpGOTg/s1600/Daniel.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5694297289055496530" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY6tlBSWHkxxwUdfpZc0z2yYz_rmMKWgohq8uFaw2gQETwWPCholwytoX_7jQ-QclG5XsgrgFQ6ZTRAb3k_b6VlkG0CzZRJzjw5pvF_r89hiQOSvfWZExRQ7teOm7Vo4Cq1XqPY9bpGOTg/s400/Daniel.jpg" /></a><br /><br /><div></div>Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-45030726041001629192011-12-15T18:04:00.005-02:002013-01-08T00:45:30.232-02:00<div align="justify">
Foi assim a primeira vez que eu o vi. Abrimos as nossas portas exatamente no mesmo segundo, como se tivéssemos ensaiado isso durante anos. E quando eu olhei para o alto (porque ele devia ter quase uns dois metros de altura) e vi aquele cabelo preto caindo sobre os seus olhos mais negros ainda tive uma certeza: “Ou é casado, ou tem namorada, ou é gay!”. Obviamente um homem como aquele não estaria sozinho. E olha que eu nem sabia do seu gosto pelos Beatles, Roberto Carlos e Almodóvar. Fiquei parada na porta do meu apartamento sem saber se o cumprimentava, sem saber se me apresentava, sem saber se eu, algum dia, iria conseguir parar de olhá-lo. Mas o que aconteceu foi que as minhas dúvidas e a minha mania de sempre tentar achar uma lógica para tudo, me impediram de dizer o meu primeiro “Bom dia, Vizinho!”.<br />
Sem nem olhar para frente, ou para mim (como queiram) ele se foi. Com uma pressa incompreensível para uma preguiçosa manhã de segunda-feira.<br />
Fui trabalhar com aquela cena na cabeça e, nem por um segundo, consegui esquecer a sua testa franzindo ao não conseguir fechar a porta. Não sei explicar, mas a partir desse dia, a única coisa que eu desejava era o seu abraço.<br />
Eu estava bem sozinha. Fazia uns dois anos que tinha terminado um namoro de longa data e, desde então, passei a me sentir melhor desacompanhada. Era bom sentir-me livre e ter mais tempo para gastar entre os meus amigos. Depois de tanto tempo me sentindo presa, me afastando aos poucos de tudo aquilo que eu amava, era bom voltar a viver sem a sensação de estar perdendo algo precioso.<br />
Acho que por isso essas coisas de amor e paixão não faziam mais parte dos meus planos. Definitivamente, eu não queria sofrer pelos próximos dez anos.<br />
Bom, preciso admitir que eu já não era mais a mesma pessoa. Aquele meu romantismo e a vontade de viver “um amor cinematográfico” foram desaparecendo, à medida que as minhas expectativas foram sendo frustradas. “Melhor assim!” – eu pensava – “Vou evitar dores de cabeça”.<br />
Hoje vejo o quanto fui infantil, imatura. Bastou a vida me dar uma rasteira para eu cruzar meus braços “emburrada” e desistir daquilo que sempre acreditei. Bastaram-me algumas lágrimas para que eu me tornasse a pessoa mais cética e amargurada do mundo.<br />
É engraçado como as coisas acontecem em nossas vidas. No momento em que eu estava mais convicta de que era numa nova “Lívia”, meu mundo virou do avesso. E mais engraçado ainda é que, para que isso acontecesse, não foi preciso muita coisa. Ou melhor, quase nada. Para mim foi suficiente olhá-lo. Sentir o cheiro de banho recém tomado. Perceber a sua impaciência pelo franzir da sua testa (risos).<br />
Foi assim que aconteceu. Nenhuma palavra dita, nenhuma troca de olhares, nenhuma jogada de charme, nenhuma segunda intenção, nada! Mas me apaixonei por ele assim que o vi.<br />
Eu não estava preparada para viver aquilo e até achava que não queria, mas tudo foi se tornando inevitável. E chegou um dia em que eu não conseguia mais ficar sem vê-lo (mesmo que fosse pela fresta deixada pela porta entreaberta do seu apartamento, nas noites de sexta-feira, quando saía e voltava apressado para buscar algo que havia esquecido). O pior é que para ele eu não existia. “Deus, como eu podia estar apaixonada por alguém que sequer sabe que eu existo?” Era o que eu perguntava sempre que sonhava e desejava a sua companhia.<br />
Perdi muito tempo sonhando acordada com o vizinho do 202. Até que resolvi tomar uma atitude, mesmo sem saber ao certo qual seria. Gastei o dia tentando adivinhar qual roupa deveria vestir, qual o melhor jeito de pentear o meu cabelo, qual perfume deveria usar. Ensaiei mil e um discursos na frente do espelho, tentei calibrar a minha voz para que não parecesse estridente ou melodiosa demais. E como se não bastasse, ainda precisava de um motivo para chamá-lo.<br />
Fiquei quase cinco minuto parada em frente a minha porta naquele “vou”, “não vou”... sentindo um frio na barriga, o coração bater mais rápido e mais forte a cada passo que eu dava em direção à porta da frente. Por fim levei a mão a campanhinha e toquei. Toquei e me lembrei de que era noite de sexta-feira e que ele não estaria em casa. Abaixei a cabeça sem acreditar como eu poderia ter me esquecido desse detalhe e quando abri meus olhos ele estava lá, bem na minha frente. Levei um susto quando o vi tão perto e acho que acabei por assustá-lo também. E sabe aqueles ensaios em frente ao espelho?! De nada adiantaram porque eu não consegui dizer uma palavra sequer. Eu só consegui sorrir. E acho que foi o sorriso mais sincero da minha vida. E só depois de vê-lo sorrir em retribuição foi que consegui me apresentar. Inventei de última hora que a lâmpada do meu quarto havia queimado e ele, gentilmente, se ofereceu para trocá-la. E em troca eu lhe dei o amor mais verdadeiro e a promessa de sermos felizes juntos.<br />
Amanhã faz onze anos que nos casamos. E mesmo depois de tanto tempo, quando acordo pela manhã e o vejo ao meu lado, sinto meu coração bater como no dia em que o vi pela primeira vez. Eu não tenho certeza de nada em minha vida, exceto uma coisa...<br />
...que quero passar o resto dos meus dias ao seu lado.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhheTLvGgXixcjznzogKqn9H1f70okUE58IfM2sMUp-Vgh0K2cr2DFGCTHTkvSJTySeLzLqB77QuvnQIJ-zI9KX8mn9hNBbduuBL8kfAzEY-gLYqOUVWM8KKITLIBAboC60EEh1lVXmocb8/s1600/156380_180309811982355_158952704118066_709519_6199799_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="325" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhheTLvGgXixcjznzogKqn9H1f70okUE58IfM2sMUp-Vgh0K2cr2DFGCTHTkvSJTySeLzLqB77QuvnQIJ-zI9KX8mn9hNBbduuBL8kfAzEY-gLYqOUVWM8KKITLIBAboC60EEh1lVXmocb8/s400/156380_180309811982355_158952704118066_709519_6199799_n_large.jpg" width="400" /></a></div>
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Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-33913395957320716662011-12-12T15:51:00.004-02:002011-12-13T00:33:42.209-02:00<div align="justify">Estive pensando sobre as pessoas. Sobre mim, sobre você, sobre esta multidão de desconhecidos que nos rodeia... Enfim, pensei na existência de uma forma geral e em como viver essencialmente pode ser complicado.<br />Quando digo “essencialmente”, me refiro a sermos fieis a nós mesmos, à nossa personalidade e princípios, à nossa essência. O ruim é que nem sempre isso é possível, por uma infinidade de motivos.<br />Acho que todos nós, ao menos uma vez, já fizemos algo contra a nossa vontade pelo simples fato de acharmos que tal atitude agradaria alguém. Ou o contrário. Isso é ser desonesto consigo mesmo ou seria apenas generosidade, altruísmo?<br />Não sei ao certo definir.<br />A única coisa que sei é que, no momento em que deixamos de viver conforme o que verdadeiramente somos, morremos um pouco por dentro.<br />É como se despedaçássemos nossa alma e, diariamente, jogássemos um pedacinho dela ao léu.<br />Ainda acredito na bondade das pessoas, por mais que a vida teime em me provar o contrário. Acredito que podemos sim abrir mão de muitas coisas em prol da felicidade alheia. E admiro quem faz isso! Mas até que ponto?<br />É louvável fazer o bem, fazer ou ser a felicidade de alguém. Eu só não acredito na felicidade daqueles que se anulam.<br />Apenas porque ninguém consegue ser feliz quando não se sente confortável em si mesmo, quando frustra suas próprias expectativas.<br />É claro que podemos abrir mão de muitas coisas por uma causa que nos pareça maior, mas desde quando isso nos faça bem, nos faça completos.<br />Preservar o que somos pode ser mais complicado do que possamos imaginar. Mais complicado e mais doloroso também. Mas nem por isso devemos deixar de arriscar!<br />Afinal, precisamos nos edificar, nos completar.<br />Mais que isso...<br />Precisamos crescer!<br /></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><br /></div><br /><div align="justify"></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 257px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5685303985381981490" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSM5aCc30ogIEcCVxj6lTqfjqGGrxfyN13lSQBpS0AFYR1TtchN0bo-kb3bqcKhOSVGN9u7NOTW6jg55CXO2EGQMyqDhyphenhyphengy0vWa4tcU0gi5I6Wa-P3E0tt3U2jClar0U6AQPvBY1uFd7Hd/s400/16_176766277_large.jpg" />Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-77927472654894671792011-09-18T01:59:00.008-03:002011-09-18T14:39:00.839-03:00<div align="justify">Eu andava meio triste. Meio desanimado. Meio esquisito. Completamente assim, pelas metades. E até andei pensando que era disso que sentia falta. Da outra metade de mim que ainda não conhecia.<br />Eu gostava de sair de casa à noite e andar pelas ruas da cidade sem rumo certo. Gostava de sentir o frio atravessar o meu corpo e, ao mesmo tempo, desejar encontrar alguém que fizesse com que ele desaparecesse em segundos. Era isso, enquanto eu andava sem destino, costumava observar as mulheres que via pelo caminho; provavelmente tentando enxergar nelas a mulher que sempre sonhei encontrar. Não sei você, mas hoje eu acho isso muito engraçado. Fico me perguntando: E se eu encontrasse mesmo alguém próximo do que sonhei? O que eu ia fazer? Me aproximar e dizer: ”Oi, meu nome é Otávio. Estava passando por aqui e reparei em você... Éh... bom... vim dizer que você é a mulher da minha vida!” Deus, como pude ser tão idiota?!<br />Perdi a conta de quantas vezes fiz isso, de quantos quilômetros eu caminhei. Até que desisti. Não de caminhar, mas de encontrar alguém.<br />Desisti e me acomodei. E não demorou muito para que eu me conformasse com as noites de sexta na casa dos meus pais a jogar buraco com mais meia dúzia de cinqüentões. Não era exatamente o que eu havia planejado para mim, mas era o que a vida tinha me reservado. Fazer o que senão aceitar?<br />Mas na última sexta-feira me vi no fundo do poço. Liguei para minha mãe, só para saber se ela precisava que eu comprasse algo no caminho. E sabe o que ela me disse? “Não filho... hoje não vamos jogar. Seu pai me convidou para jantar. Sabe como é né?! É o nosso aniversário de casamento... vamos namorar!” E gargalhou. Ela gargalhando lá e eu aqui com essa vontade de chorar.<br />Então fui tomar banho. Fiquei ali parado embaixo do meu chuveiro mais de uma hora. Não sei ao certo qual era a minha intenção, se lavar minha alma e corpo, ou disfarçar as lágrimas que, a qualquer momento, podiam aparecer.<br />Água quente, banheiro abafado e o espelho todo embaçado. Foi inevitável lembrar da minha antiga namorada. Antiga mesmo. Ela tinha a mania de me deixar esperando enquanto tomava um banho muito mais que demorado. E antes de sair do banheiro deixava escrito no espelho um “eu amo você, neném!”. Bobagem não é?! Mas ela sempre me fazia sorrir com essas declarações de amor.<br />Sacudi a cabeça para tirá-la dos meus pensamentos e arrumar (desarrumar) meus cabelos. Ao menos isso em mim era bom, o cabelo. Sentei na cama e fiquei pensando o que eu poderia fazer para passar (acelerar) o tempo. Sem idéias, resolvi sair para comprar algumas cervejas e uma coisa congelada para comer. Vesti a primeira camiseta que achei no guarda-roupas, calcei meu tênis e fui até o supermercado mais próximo. Voltei para casa reparando na felicidade dos casais que encontrei pelo caminho e sorri ao lembrar que, naquela noite, até meus pais estavam “apaixonados”.<br />Cheguei em casa, liguei a TV, abri uma cerveja e me esparramei no sofá. E no exato momento em que comecei a gostar de estar ali, mesmo sozinho, a minha campainha tocou. Me bateu um desespero só de pensar que meus pais poderiam ter achado melhor cancelar o programa romântico e me fazer companhia. Pensei em não atender, mas, nem sei porque, mudei de idéia.<br />Era uma moça, bonita até. Me assustei ao vê-la na porta do meu apartamento e acabei por assustá-la também. Eu não esperava nenhuma visita, ainda mais de quem não conhecia... ainda mais de uma mulher. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7lQ0gat3aecPzDEnTZOEMF0Nsk5BIYCO2_j1WaPxZ8ylUCAxxTRV-vgck0zpsoFMKbbGUC_-UGqQOj90mTWgYNHtB3G-rUWw4OLNy5-WsfQ5Z53lqGDHKPQHvlXp3w6vh6pw8CxK0R6q6/s1600/tumblr_lrozszGnwk1qfrg20o1_500_large.jpg"></a><br />Fiquei ali olhando para ela, sem dizer nada, tal qual um idiota. Até que ela deu um sorriso, assim de canto, daqueles meio envergonhados. Olhou para o chão e colocou os ondulados cabelos dourados atrás da orelha. E falou alguma coisa tão baixinho que eu mal pude ouvir. Fico me perguntando se eu não ouvi pelo seu timbre delicado de voz, ou se pelo encanto que o seu jeito de colocar os cachos atrás da orelha me causou. Em poucos segundos fui absorvido pelo perfume que a sua pele branca exalava. Continuei ali, parado. E ficaria ali o resto da noite sem resmungar. Até que despertei com o toque dela em meu braço. Me tocou e me perguntou alguma coisa. Só então consegui falar.<br />— Desculpe! Mas eu não ouvi o que você falou. – respondi balançando a cabeça novamente, como se quisesse colocar minhas idéias no lugar.<br />— Eu perguntei se você não tem uma escada para me emprestar?<br />— Escada? – perguntei quase me desconcentrando de novo.<br />— É.<br />— Não... eu não tenho uma escada.<br />— Hum... – e fez uma cara de decepção que dividiu meu coração em 1001 pedaços.<br />— Mas para que você precisa de uma escada a essa hora da noite? – perguntei rindo, tentando parecer simpático.<br />— Bom... É que a luz do meu quarto queimou. Mudei para cá há pouco tempo e ainda não tive tempo de comprar tudo o que preciso. – respondeu com uma voz tão suave, que mais parecia um carinho.<br />— Se você quiser posso trocar a lâmpada do seu quarto. Afinal, para isso é que serve ter 1,80 de altura. – sorri.<br />— Se não for muito incômodo...<br />— Claro que não!<br />Fui.<br />Fui e ainda não voltei. E nem vou.<br />Jamais vou deixar de dormir sentindo o seu perfume ou o calor do seu corpo junto ao meu.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje_p72OnnlIkQanNJp_KIvJ2ku3WHS5Ewkf6oX4xjhTfPShZpyw380TgqUnvZGf5Hr2RzHJBnTRtgsVlU8pnb6i2oJ7r86i3ebeiGeECqNPdpzHG4E3Q1-PjlNZivHEkYMjiPi8Fhb_UMW/s1600/tumblr_lrozszGnwk1qfrg20o1_500_large.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 222px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5653563096096721858" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje_p72OnnlIkQanNJp_KIvJ2ku3WHS5Ewkf6oX4xjhTfPShZpyw380TgqUnvZGf5Hr2RzHJBnTRtgsVlU8pnb6i2oJ7r86i3ebeiGeECqNPdpzHG4E3Q1-PjlNZivHEkYMjiPi8Fhb_UMW/s320/tumblr_lrozszGnwk1qfrg20o1_500_large.jpg" /></a> Nada nesta vida (nem em nenhuma outra) me fará acordar senão ao seu lado. Hoje não há nada que me dá mais prazer do que poder sentar a sua frente e, enquanto tomo meu café-da-manhã, reparar no quanto suas bochechas ficam rosadas quando digo que me apaixono por ela todas as manhãs; ou o quanto as minhas camisas de algodão caem melhor nela do que em mim. Então ela se levanta e vem caminhando lentamente em minha direção. Senta no meu colo e encolhe as pernas, como se quisesse caber inteira no mesmo espaço que eu. Desliza os dedos em meus cabelos ainda molhados e recosta a cabeça em meu peito. E é nesse momento que gosto de beijar-lhe a testa. É que quando faço isso, ela sempre me olha nos olhos; e tem ainda aquele sorriso meio torto nos lábios, meio sem jeito. E, quase sem sentir, ela prende uma mecha de seus loiros cabelos atrás da orelha. E é aí que sinto aquela “coisinha” no estômago, aquele aperto gostoso no peito e a vontade de passar o resto da minha vida ao seu lado.</div>Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2564260108282195448.post-24084742881069307982011-07-25T01:23:00.000-03:002011-07-25T01:24:55.300-03:00<div align="center"><span style="font-family:georgia;"><em>Meia-noite e uma vontade quase insana de por para fora tudo aquilo que sinto. Mas como fazê-lo se nem eu mesma consigo nomear meus sentimentos?!<br />Eu gostaria muito de compreender a vida e ser capaz de perceber o sentido de todos os seus avessos e direitos, de todas as suas idas e vindas. Mas quanto mais eu vivo, mais percebo o quanto sou ignorante. E mesmo mantendo os meus olhos abertos e minha mente sempre atenta, ainda deixo muito a desejar.<br />Eu adoraria entender o porque de sermos tão inconstantes, tão contraditórios, tão instáveis. Qual a lógica existente em todos os nossos dilemas?<br />Acho que já perdi as contas de quantas vezes fiz essa pergunta para mim mesma; e de quantas vezes dormi inconformada por não conseguir encontrar uma resposta.<br />É incrível, mas a vida ainda me surpreende! E não consigo acreditar que ainda há quem diga que ela não passa de um “museu de grandes novidades”. </em></span></div>Bruna Maiahttp://www.blogger.com/profile/12914048802717110885noreply@blogger.com2