26 de março de 2011

"Cresça, independente do que aconteça!"

É assim que me encontro: coração na mão e mente aberta para tentar ser um pouco mais compreensiva do que já fui.
Fico pensando em todos os caminhos que cruzaram o meu e naqueles que eu escolhi trilhar. E é impressionante como sempre tenho a sensação de que todas as minhas escolhas foram erradas.
E agora, mais do que em qualquer outro momento da minha vida, estou de “saco cheio” de tantas decepções... por mais que eu acredite que elas ensinem a viver.
Mas do que adianta tantos ensinamentos se sou eu quem não consegue aprender?
Juro que desta vez vou tentar abrir os olhos e enxergar além das palavras, além daquilo que EU QUERO VER.
Cansei de me enganar, de “quebrar” a cara. Cansei de sempre acreditar em quem não deveria, de desconfiar daqueles que merecem a minha confiaça; cansei de sempre ter que me arrepender das minhas escolhas.
Estou aprendendo a não acreditar em sonhos. E tenho levado essa tarefa tão a sério, que já nem consigo mais dormir.
Estou envolvida por um torpor, do qual não consigo escapar. E tenho sentido tantas dores, que às vezes tenho a sensação de que tudo o que restou de mim está se dissolvendo lentamente. Então, pouco a pouco, sinto as minhas forças se esvaírem com a promessa de não mais voltar.
Nunca imaginei que eu conseguiria atingir tal estado de descrença.
E é bom que seja assim. É bom que morra o que ainda há de errado em mim. É bom que morram os sonhos, as fantasias e a esperança de ter encontrado alguém que se importasse um pouco com o que eu sinto... com o que penso.
Já estava passando da hora de crescer. Obrigada a todos que contribuíram para isso!

20 de março de 2011

Certo dia ela me disse:
— Eu não me arrependo de nada! E para ser meu amigo, o primeiro passo é aceitar as minhas “loucuras”! Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim. Sou como qualquer pessoa, às vezes fraca, vulnerável; outras forte demais. Não é difícil me conquistar... às vezes basta um sorriso ou uma palavra para que eu deixe de ser uma mulher e passe a ser uma menina. Na maioria das vezes, uma menina boba. Eu disse boba, não burra. Saiba diferenciar. Mas quer saber de uma coisa?! “Adooooooooooooooooooooro” esse meu jeito de viver!
— Sou muito ingênua com a vida. Mas isso não significa que eu seja uma santa. Apenas não consigo enxergar maldade onde deveria.
— E você se decepciona demais não é?!
— Sim... mas a vida também é feita de decepções.

Ela é o que se pode chamar de especial. Mais que isso, ela é rara.
Tem um “quê” de mistério que a envolve e um semblante de tranqüilidade que nos absorve.
Sabe suportar, não sem dor, todas as amarguras da vida. Batalha, luta, vence e perde, como qualquer um de nós.
A diferença é que “apesar de tudo ela tem sonhos” e carrega consigo a certeza de que será cada dia mais feliz.
Ela é um tanto quanto contraditória. Um misto de dúvidas e certezas. Sem uma medida certa para isso ou para aquilo. Mas é alguém que acredita em sentimentos, sobretudo nos alheios. E felizmente, ou não, crê que são sempre verdadeiros.
Ah, como seria maravilhoso se todas as pessoas do mundo fossem assim... tão cheias de dúvidas, mas mais repletas ainda de boas intenções.
Bom seria se todos os contrários do mundo fossem como os seus. Se só nos aterrorizasse ter que escolher entre a possibilidade de esconder para não perder ou perder por esconder. Quem dera se o nosso único medo fosse o de sentir medo ou se a nossa maior angústia fosse a de termos sido quem não somos, apenas para agradar uns ou desagradar outros.
Difícil mesmo definir quem mais parece uma caixinha de surpresas.
Arrisco-me a fazer das palavras de Clarice as suas:
— “Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração! Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!”
Ela é mais que um jogo de contrários. É vibrante e intensa. Sem meios termos, sem meias palavras, sem meios comportamentos. Ela é o que é, doa a quem doer.
É delicadeza e personalidade forte habitando um mesmo corpo, uma mesma alma. É coração grande, acolhedor. Mas é também um coração que sabe se partir em mil pedaços.
Ela corre riscos e por vezes “quebra a cara”, mas tem sempre consigo a certeza de que foi até o fim. É inocente e ao mesmo tempo sagaz.
E sobretudo, está sempre de braços abertos para receber o que o destino tem a lhe oferecer; e tem uma “mania” de enxergar um lado positivo em tudo o que recebe, seja bom ou ruim.
Tanto que você pode até empurrá-la de um penhasco que ela lhe dirá:
— "E daí?! Eu adoro voar!"

Ela está entre o limiar do sonho e da realidade. E como não sou boba nem nada, tratei de torná-la real. Porque seria um pecado se ela fosse apenas imaginação. Recebeu então o nome de Danielle. Para muitos, Dani; mas para mim, Pretinha; e só ela sabe o quanto ser “Pretinha” significa para mim.

Sem mais, só tenho mais uma coisa a dizer:

— Eu amo você!

9 de março de 2011

Eu só quero é ser feliz!

Áh... Como a vida gosta de brincar com o nosso destino, e fazer de nós meras marionetes nas mãos de quem sabe criar.
Se quisermos experimentar uma dose de loucura, basta tentarmos encontrar uma razão para os fatos. Uma razão para que algo aconteça ou deixe de acontecer.
A cada dia me convenço mais de que a vida é o que é. Sem nenhum detalhe oculto para ser revelado. O que tem que ser visto está lá... o tempo inteiro, bem diante dos nossos olhos.
E se não o vemos é porque estamos ocupados demais tentando buscar algo mais elaborado, que deixamos de enxergar o óbvio, o essencial.
Ontem eu disse a alguém que não acredito em acaso. E hoje estou ainda mais convencida disso.
É por isso que estou sempre (ou na maioria das vezes) com coração aberto a tudo o que é novo. E não espero da vida nada além do que ela é capaz de me dar. Não vou perder tempo correndo atrás do que é utópico... o que eu quero é realizar!
Porém eu não deixo de sonhar (nunca!). E quem me conhece de verdade sabe o quanto isso é verdadeiro. Mas eu não quero ser somente sonhos. Quero também aquilo que é concreto, e até tocável.
Não quero mais carregar comigo a sensação de que gastei muito tempo com nada. Quero olhar para trás e pensar: “eu faria tudo exatamente igual”.
Sigo sozinha, às vezes acompanhada, aprendendo a lidar comigo mesma. Gostaria muito de um manual de instruções, por mais simples que fosse. Mas acredito que desperdiçaria muitos sorrisos, se eu soubesse sempre o que fazer. Então tenho ao meu lado, e agradeço a Deus por isso, aqueles que não me deixam errar tanto... que zelam por mim, mesmo quando eu mesma sou só descuido.
Como já disse antes, eu não acredito em coincidências. Sei também que o novo só surge quando nos desligamos do antigo. E talvez seja por isso que eu esteja abrindo os meus braços para a felicidade. Quero, novamente, sorrir o melhor dos meus sorrisos e gargalhar como há muito não faço. Quero sentir o vento em meus cabelos e com ele o sabor da liberdade. Quero para amanhã, as melhores lembranças do hoje. Quero, amanhã, me lembrar de tudo e ter a certeza de que fui muito feliz... o máximo que alguém conseguiria ser.