20 de março de 2011

Certo dia ela me disse:
— Eu não me arrependo de nada! E para ser meu amigo, o primeiro passo é aceitar as minhas “loucuras”! Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim. Sou como qualquer pessoa, às vezes fraca, vulnerável; outras forte demais. Não é difícil me conquistar... às vezes basta um sorriso ou uma palavra para que eu deixe de ser uma mulher e passe a ser uma menina. Na maioria das vezes, uma menina boba. Eu disse boba, não burra. Saiba diferenciar. Mas quer saber de uma coisa?! “Adooooooooooooooooooooro” esse meu jeito de viver!
— Sou muito ingênua com a vida. Mas isso não significa que eu seja uma santa. Apenas não consigo enxergar maldade onde deveria.
— E você se decepciona demais não é?!
— Sim... mas a vida também é feita de decepções.

Ela é o que se pode chamar de especial. Mais que isso, ela é rara.
Tem um “quê” de mistério que a envolve e um semblante de tranqüilidade que nos absorve.
Sabe suportar, não sem dor, todas as amarguras da vida. Batalha, luta, vence e perde, como qualquer um de nós.
A diferença é que “apesar de tudo ela tem sonhos” e carrega consigo a certeza de que será cada dia mais feliz.
Ela é um tanto quanto contraditória. Um misto de dúvidas e certezas. Sem uma medida certa para isso ou para aquilo. Mas é alguém que acredita em sentimentos, sobretudo nos alheios. E felizmente, ou não, crê que são sempre verdadeiros.
Ah, como seria maravilhoso se todas as pessoas do mundo fossem assim... tão cheias de dúvidas, mas mais repletas ainda de boas intenções.
Bom seria se todos os contrários do mundo fossem como os seus. Se só nos aterrorizasse ter que escolher entre a possibilidade de esconder para não perder ou perder por esconder. Quem dera se o nosso único medo fosse o de sentir medo ou se a nossa maior angústia fosse a de termos sido quem não somos, apenas para agradar uns ou desagradar outros.
Difícil mesmo definir quem mais parece uma caixinha de surpresas.
Arrisco-me a fazer das palavras de Clarice as suas:
— “Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração! Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!”
Ela é mais que um jogo de contrários. É vibrante e intensa. Sem meios termos, sem meias palavras, sem meios comportamentos. Ela é o que é, doa a quem doer.
É delicadeza e personalidade forte habitando um mesmo corpo, uma mesma alma. É coração grande, acolhedor. Mas é também um coração que sabe se partir em mil pedaços.
Ela corre riscos e por vezes “quebra a cara”, mas tem sempre consigo a certeza de que foi até o fim. É inocente e ao mesmo tempo sagaz.
E sobretudo, está sempre de braços abertos para receber o que o destino tem a lhe oferecer; e tem uma “mania” de enxergar um lado positivo em tudo o que recebe, seja bom ou ruim.
Tanto que você pode até empurrá-la de um penhasco que ela lhe dirá:
— "E daí?! Eu adoro voar!"

Ela está entre o limiar do sonho e da realidade. E como não sou boba nem nada, tratei de torná-la real. Porque seria um pecado se ela fosse apenas imaginação. Recebeu então o nome de Danielle. Para muitos, Dani; mas para mim, Pretinha; e só ela sabe o quanto ser “Pretinha” significa para mim.

Sem mais, só tenho mais uma coisa a dizer:

— Eu amo você!

2 comentários:

  1. Incrível a sua sensibilidade!

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  2. Venho quase todos os dias ver o que escreveu... E fico impressionada como tem a facilidade de me despertar sorriso. Bjo da pretinha!

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