19 de abril de 2010

Alone...

Solidão... talvez essa seja a palavra que, durante toda a minha vida, mais me aterrorizou... E no entanto, todo esse temor não me livrou de hoje sentir-me só.
Peço desculpas a todos que estão à minha volta, sem vocês eu realmente não sei o que seria de mim, mas a solidão a qual me refiro diz respeito a tudo o que se passa em minha alma.
É um vazio que não consigo preencher... um aperto no peito que insiste em não passar e um nó na garganta que quase me impede de respirar.
Ontem me disseram que não pareço ter problemas porque estou sempre sorrindo... mal sabia a minha amiga que naquela hora eu chorava por dentro. Quando ouvi isso, sorri novamente e disse: “Quem dera...”.
Quem dera mesmo, que todos os meus sorrisos fossem sinceros como todos pensam que são!

Falsa, eu?! Acredito que não. Só não quero levar aos outros o que eu não desejo nem para mim mesma; porque creio que tão contagioso quanto a alegria, é a tristeza.
Acho que esse vazio que trago comigo chama-se saudade... uma saudade tão grande que quase não cabe em mim. E a angústia que decidiu ser minha companheira, talvez seja porque não tenho lembranças, já que sinto falta de algo que nem aconteceu... de planos que não foram realizados.
É difícil estar nessa situação... ter que fazer algo e não saber sequer por onde começar!
Acho que bom mesmo seria começar por mim... decretar feriado pessoal e me fechar para balanço. Inspecionar e concertar tudo aquilo que estiver quebrado (Áh... e como ando precisando de reparos...), mas estou cansada demais até para isso.
Minha maior vontade é desligar o mundo... fazê-lo parar de girar e dormir, descansar e rever tudo o que em mim está necessitando de mais atenção... gostaria de poder fazer isso sem ter aquela sensação de estar perdendo tempo me perseguindo! Mas, infelizmente, o tempo não para... e quanto mais tenho consciência disso, mais perco minhas forças!
Dizem que para sermos quem somos, nos construímos em cima de um pilar, um alicerce forte e capaz de agüentar ventos e tempestades. Talvez esse seja o meu problema, o meu alicerce ruiu. Não por ser fraco, isso jamais! Mas, provavelmente, por se sentir sobrecarregado. E então, a minha construção que parecia tão sólida desabou... e levou com ela tudo o que havia de melhor em mim.
Agora, tudo não passa de escombros, ruínas e poeira!

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