13 de abril de 2010

Quem dera...

Bom seria se não precisássemos abrir mão do que tanto amamos! Ás vezes me convenço de que não precisamos mesmo, mas, em poucos segundos, a realidade vem bater à minha porta e arranca de mim tudo aquilo que eu gostaria que fosse eterno.
São momentos que acabam e caem no esquecimento... objetos que se desgastam com o tempo... datas que são sucedidas pelo dia seguinte e sobretudo, pessoas... pessoas que teimam em nos dizer adeus.
Talvez, com a truculência do cotidiano, não percebemos o momento exato em que nos tornamos vítimas do pior dos ladrões, o destino; e quando nos damos conta, já fomos roubados e já é tarde demais para tentar um resgate.
Ainda pior do que não perceber uma partida, é ter que assisti-la de camarote... é ter que dizer 'adeus' mesmo quando o que insiste em sair da nossa boca é um pedido de 'fica comigo'.

Há várias maneiras de se perder alguém e a morte é uma dela. Perde-se o corpo, o contato, o tato, o olhar, a voz , o sorriso; entretanto, sobrevivem as lembranças... as mesmas lembranças que alimentam em nosso peito a esperança, talvez utópica, de um próximo encontro.
Talvez, ainda pior que a morte, seja perder aqueles que ainda estão ao alcance dos nossos olhos... aqueles que possuem lugar cativo em nosso pensamento e memória... aqueles que, incondicionalmente, jamais serão esquecidos.
Dói ver e não poder tocar... ouvir e não responder... recorrer às lembranças quando tudo o que se quer é viver! Dói perceber que já é tarde e que estamos de mão atadas.
Certa vez, alguém me perguntou o que eu sentia quando pensava em uma pessoa que amo muito, respondi que era invadida por uma vontade, incontrolável, de saber se a pessoa era mesmo real ou apenas mais um delírio meu. Eu não menti. Mas, provavelmente, por amar demais, acabei me julgando pouco e insuficiente. E me esqueci que não existem pessoas perfeitas.
Por isso, aqui vai o meu conselho: não se subestime. Não pense que é pouco para alguém. E quando quiser dizer algo, mesmo que haja o risco de colocar tudo a perder, diga! Com certeza, a dor da perda é menor do que a angústia que dúvida instala em nossos corações. Também não espere uma ação para que só então possa reagir... contrarie a física e dê o primeiro passo... afinal, as chances de êxito ou fracasso, são as mesmas. Não perca, quando você só tem a ganhar. Admita, assuma, arrisque-se, permita-se ser feliz... SEMPRE!

"[...] Ás vezes me dá vontade de ligar pra você e falar pra você me esquecer... esquecer que eu existo, porque seria o melhor para você... Já peguei o telefone várias vezes, mas não consigo! Sou incapaz! E eu sei que, mesmo que eu dissesse, por sua parte isso não iria ocorrer... aí eu iria trair meus sentimentos e os seus... pois isso não sei o que faço com você... só te guardo em meu coração..."


Você também está guardado em meu coração!

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