Pediram-me para escrever uma
história de amor, mas vou me reservar a falar sobre as reviravoltas que o mundo
dá. Até porque, há muito do amor nisso; é preciso muito mais que maturidade e
discernimento para compreender que as coisas nem sempre acontecem conforme a
nossa vontade.
Dizem que ao sairmos de uma
tempestade enxergamos o mundo com mais clareza. É verdade. É como se
deixássemos de ser apenas personagens e passássemos a ser também expectadores
da nossa própria existência.
O nosso olhar toma maiores
proporções e tudo o que antes parecia confuso e descabido, ao ser olhado por
todos os ângulos, passa a fazer sentido. Foi assim comigo e acredito que seja
com o mundo inteiro.
Tenho aprendido muito nesses
últimos meses, principalmente a saber esperar; a dar tempo ao tempo. Aprendi que
há momentos em que precisamos cruzar os braços e deixar que a vida tome as suas
próprias direções.
Aprendi a confiar na máxima de
que “o que tiver que ser, será!”
Não é fácil, para quem está
acostumada a matar um leão por dia, reconhecer que não se tem o controle sobre
tudo. Nem mesmo sobre a própria vida. E foi neste momento, quando me senti mais
frágil e vulnerável, que aprendi a confiar; aprendi a acreditar que não há nada
que eu queira, que eu não possa conseguir. Acho que é isso que as pessoas chamam
de FÉ. E se for, posso dizer que me descobri como uma pessoa de muita fé! O
suficiente para transformar o que antes era impossível em uma nova possibilidade;
a única e a última esperança!
E, exatamente como costuma acontecer
na ficção, no último instante, quando todas as esperanças e tentativas já
estavam esgotadas, a vida se refaz em forma de milagre. E onde antes só se via tempestos
tons de cinza, hoje só existe cor, luz e felicidade.
É possível que uma parte de vocês
ainda não consigam me compreender. Infelizmente, este é o tipo de experiência
que só se reconhece ao sentir na própria pele. Para aqueles que já estiveram na
escuridão e que, mesmo no breu, confiaram na existência da luz, ofereço o meu
respeito e a minha admiração.
E para vocês, que por ventura
encontram-se perdidos no meio deste turbilhão de impossibilidades, desejo que
descubram em si mesmos a mesma fé que descobri em mim. Acredite, ela está aí!
Talvez precisando apenas de um bom motivo para existir.
Há uma razão para dizerem que “após
a tempestade SEMPRE existirá a bonança”.
E mais...
...acreditem em mim quando eu disser
que TUDO PODE ACONTECER.