Chovia muito naquela tarde. Quando olhou pela janela do seu apartamento, teve a sensação de estar isolada do mundo. Era como se uma enorme cortina branca estivesse envolvendo o seu prédio, o seu apartamento e os seus olhos. Tentou forçar, mas foi inútil! Era impossível conseguir enxergar alguma coisa por trás daquela tempestade.
Encheu a sua caneca rosa com um café novinho e se preparou para curtir uma preguiça no sofá da sala. E quando começou a desfrutar dos prazeres daquela tarde ociosa ouviu o toque da realidade chamar, o celular.
- Oi?!
- Bruninha?!
- Fala, Peuzinho!
- Bruninha, to precisando de você... tem como você vir aqui na praça da matriz?
- Na praça da matriz, Peuzinho?!
- É!
- Mas com essa chuva? Você está na praça da matriz com essa chuva?!
- Estou... e preciso de você aqui.
- Aconteceu alguma coisa?!
- Aconteceu... e eu preciso muito de você!
- Tá... me espera aí que eu “tô” chegando!
E desligou... enquanto trocava de roupa começou a pensar em qual seria o problema. Choveram idéias (ruins) em sua cabeça, mas mesmo acreditando que todas eram possíveis, decidiu não se apegar a nenhuma.
- Nada de sofrer por antecedência, Bruna! – disse para si mesma. – Daqui alguns minutos você vai saber o que está havendo.
Amarrou o cabelo e saiu. Dando graças a Deus porque sabia nadar!
Ao chegar na praça, viu seu amigo sentado perto da fonte. Preocupou-se, pois nunca o vira daquele jeito... sozinho, de cabeça baixa, sobre uma chuva forte que insistia em cair. Aproximou-se dele lentamente, sentou-se ao seu lado e tocou o seu ombro.
Nesse momento, ele levantou sua cabeça e ao encarar o horizonte, deixou que ela percebesse que estava chorando. Ao olhá-la só conseguiu dizer uma frase:
- Eu sabia que você viria, Bruninha! – e a abraçou.
- Eu não iria te abandonar agora.
Com uma voz embargada ela resolveu perguntar o que estava acontecendo e ele, com essa mesma voz, lhe contou.
Ficaram ali por algumas horas e quando perceberam já tinha parado de chover.
- A vida é assim mesmo, Peuzinho. Como essa tempestade que caiu. Às vezes sofremos tanto que acreditamos que esse caos vai durar para sempre. Mas quando menos esperamos, a dor vai embora e tudo começa a voltar ao normal.
- Será mesmo, Bruninha?! Será que isso vai passar?!
- Você confia em mim?!
- Claro!
- Então acredite... vai passar! Só não sei quanto tempo vai demorar. – disse tocando o seu cabelo ensopado.
- Olha, Peuzinho... eu não posso dizer que você vai estar bem amanhã... mas posso garantir outra coisa...
- O que?!
- Que eu estarei ao seu lado!
Encheu a sua caneca rosa com um café novinho e se preparou para curtir uma preguiça no sofá da sala. E quando começou a desfrutar dos prazeres daquela tarde ociosa ouviu o toque da realidade chamar, o celular.
- Oi?!
- Bruninha?!
- Fala, Peuzinho!
- Bruninha, to precisando de você... tem como você vir aqui na praça da matriz?
- Na praça da matriz, Peuzinho?!
- É!
- Mas com essa chuva? Você está na praça da matriz com essa chuva?!
- Estou... e preciso de você aqui.
- Aconteceu alguma coisa?!
- Aconteceu... e eu preciso muito de você!
- Tá... me espera aí que eu “tô” chegando!
E desligou... enquanto trocava de roupa começou a pensar em qual seria o problema. Choveram idéias (ruins) em sua cabeça, mas mesmo acreditando que todas eram possíveis, decidiu não se apegar a nenhuma.
- Nada de sofrer por antecedência, Bruna! – disse para si mesma. – Daqui alguns minutos você vai saber o que está havendo.
Amarrou o cabelo e saiu. Dando graças a Deus porque sabia nadar!
Ao chegar na praça, viu seu amigo sentado perto da fonte. Preocupou-se, pois nunca o vira daquele jeito... sozinho, de cabeça baixa, sobre uma chuva forte que insistia em cair. Aproximou-se dele lentamente, sentou-se ao seu lado e tocou o seu ombro.
Nesse momento, ele levantou sua cabeça e ao encarar o horizonte, deixou que ela percebesse que estava chorando. Ao olhá-la só conseguiu dizer uma frase:
- Eu sabia que você viria, Bruninha! – e a abraçou.
- Eu não iria te abandonar agora.
Com uma voz embargada ela resolveu perguntar o que estava acontecendo e ele, com essa mesma voz, lhe contou.
Ficaram ali por algumas horas e quando perceberam já tinha parado de chover.
- A vida é assim mesmo, Peuzinho. Como essa tempestade que caiu. Às vezes sofremos tanto que acreditamos que esse caos vai durar para sempre. Mas quando menos esperamos, a dor vai embora e tudo começa a voltar ao normal.
- Será mesmo, Bruninha?! Será que isso vai passar?!
- Você confia em mim?!
- Claro!
- Então acredite... vai passar! Só não sei quanto tempo vai demorar. – disse tocando o seu cabelo ensopado.
- Olha, Peuzinho... eu não posso dizer que você vai estar bem amanhã... mas posso garantir outra coisa...
- O que?!
- Que eu estarei ao seu lado!
Este foi um sonho que tive na noite passada. O amigo a quem me referi, o Peuzinho, ele existe mesmo. E agradeço a Deus todos os dias por isso.
Talvez ele ainda não saiba o quanto é importante, para mim, tê-lo entre os meus amigos. Porque, para mim, ele não é qualquer um... é um amigo de verdade.
Eu sempre acreditei, desde pequena, que existem pessoas na nossa história que são tão fundamentais, que não podemos dizer o nosso nome sem que a gente se lembre do dela.
E identificamos essas pessoas essenciais, nos momentos de muita tristeza ou naqueles de muita alegria. Esses dois extremos são capazes de nos revelar quem amamos de verdade.
Quando estamos alegres demais, quem gostaríamos que estivesse do nosso lado, vendo as mesmas coisas que nós??? Ou quando estamos tristes demais, quem gostaríamos estivesse ali, segurando a nossa mão???
Ao respondermos essas duas perguntas, conseguimos identificar os nossos amigos verdadeiros.
Eu o conheço (Peu) há muito tempo. E confesso que não sei dizer com exatidão como e porque nos tornamos companheiros. E é sempre assim, a gente nunca sabe dizer o porquê resolvemos devotar esse amor sem condições à alguém.
Talvez seja porque tenha tido uma sensibilidade maior, que os outros não tiveram... talvez porque olharam para nós de um jeito mais aperfeiçoado, com mais paciência e mais calma.
Há amigos que vão ficar para o resto da vida. São aqueles que mesmo aborrecidos ou amargurados eu sei, que na hora em que eu precisar, estarão ao meu lado.
Só por isso suportamos os defeitos alheios. Porque sabemos que mesmo que estejamos na miséria, ele não irá me abandonar.
Amigo verdadeiro é aquele que não impõe condição para o amor. É aquele que o é, aconteça o que acontecer.
É aquela velha história: eu briguei com você... eu fiz tudo errado... eu te tratei mal... fui injusto... mas se de repente, no meio da noite eu me sintir só, você é a primeira pessoa para quem eu tenho vontade de ligar. Isso sim é amor... é amizade. Não há condições. Eu não tenho medo de que o outro não vá me receber, eu não tenho medo que o outro vá me tratar do mesmo jeito que eu o tratei... eu não tenho medo de que o outro vá ter resistência a mim, não! O amor que eu sei que ele guarda por mim me dá coragem de ligar no meio da noite e dizer:
- Eu preciso de você agora... mesmo que você não tenha tido a oportunidade de me ter ao seu lado no momento em que você precisava.
Isso é ser e ter um amigo de verdade.
É quando não depende do tempo, de quantas ligações foram feitas, de quantas vezes fomos atrás, não. O laço que permanece independe do tempo, da atenção devotada.
E hoje quero terminar esse texto de uma forma diferente; vou encerrá-lo com uma frase que, certamente, tem o poder de repercutir em quem é amado. E que talvez quem ame nem saiba o quanto.
O efeito é tamanho pois, ao ouvi-la, recebemos a oportunidade de experimentarmos a misericórdia. Acho que viver misericórdia pelo lado dos fortes não tem lá muita vantagem. Dureza é quando temos que vivê-la pelo lado dos fracos. Quando somos nós que precisamos ser amados, ajudados. Quando somos nós que saímos do nosso lugar para pedir ajuda.
E aí, neste momento, sabemos que tudo poderá ser resolvido com aquela presença nos assegura... que não muda... que está sempre ali.
É por isso que quero dizer para você, Peuzinho, e para todos aqueles que sabem que são meus amigos:
- Eu tô aqui viu?!
Eu não faço estardalhaço, não faço muito barulho, não dou muita notícia, mas eu estou aqui!
O tempo vai passar, as coisas ficarão diferentes... pode ser que eu não tenha a oportunidade de estar aí, de chegar a tempo para te socorrer, mas eu estou aqui... e sempre estarei!
Obrigado Bruninha
ResponderExcluirvc nao precisa falar nada, nem fazer nada, para que eu possa entender que as coisas sao reciprocas... agente sente... tudo que vc faz, fala, escreve, vem do seu coraçao... e eh isso que importa...
eu tenho certeza que vc vai estar cmg smp... pq eu vou estar com vc smp... independente de distancia, tempo ou circunstancia...
mais uma vez obrigado
nao so pelo texto
por estar na minha vida
bjo =***