O dia amanheceu há horas, mas ainda vejo nele um “quê” de escuridão. Não consigo enxergar a sua luminosidade nem sentir o calor do sol sobre minha pele.
O que sinto é o leve toque de uma brisa úmida que, lentamente, anuncia a chegada da chuva.
Particularmente, adoro dias chuvosos. Talvez por ter a impressão de que, em poucos minutos, sou transportada para um outro mundo. Um mundo onde tenho a sensação de estar só e onde, finalmente, eu possa me voltar um pouco para mim mesma.
Talvez por vir do céu é que a chuva seja assim tão mágica. Bastam apenas algumas gotas para que as pessoas comecem, vagarosamente, a desaparecer. E enquanto todos se recolhem em suas residências, parecendo temer serem dissolvidos, eu trato de escancarar minhas portas e janelas para que eu consiga me ver com clareza... me perceber com riqueza de detalhes.
Dias feito o de hoje implantam em mim uma certa melancolia. Trazem consigo uma necessidade de querer estar só para poder pensar em tudo o que, todos os dias, faço questão de esquecer.
E graças à mania de deixar para depois, agora percebo que tenho muito em que pensar. Muito para rever. Muitas decisões à tomar.
Permaneço então a me questionar sobre cada detalhe, a fim de conseguir encontrar uma saída... uma direção que talvez nem seja a mais correta. Continuo com a tentativa, por vezes frustrada, de preservar aqueles que estão ao meu redor, e talvez esse seja o meu maior erro. Porque quando mais eu os protejo, mais me afundo nesse emaranhado de dúvidas e sair dele torna-se quase um milagre.
Sigo então me perdendo por entre os caminhos tortuosos da vida. Me perdendo na tentativa de me encontrar. Errando na esperança de um dia acertar.
Chego então à conclusão de que não sei mesmo o que fazer. Estou de mãos e pés atados. E até tenho vontade de jogar tudo para o alto e recomeçar de onde eu não deveria ter parado, mas tomar essa decisão exige uma irresponsabilidade que eu não tenho.
De tudo, o que fica é a certeza de que nada foi em vão. Houve e ainda há um propósito para tudo.
Chego então à conclusão de que não sei mesmo o que fazer. Estou de mãos e pés atados. E até tenho vontade de jogar tudo para o alto e recomeçar de onde eu não deveria ter parado, mas tomar essa decisão exige uma irresponsabilidade que eu não tenho.
ResponderExcluirSou sua fã número 1
Bigada, Lice!
ResponderExcluiracabou de arrumar outro fa viu bruninha =]
ResponderExcluirÔh, Peuziim! Brigada, amoooor meu! De coração! =***
ResponderExcluirAmiga, vc escreveu pra mim isso??
ResponderExcluir"Chego então à conclusão de que não sei mesmo o que fazer" Ameeeei Bj, Bá
Não me canso de dizer, há pessoas que falam por nós! =]
ResponderExcluirE nada melhor que a chuva para nos ajudar a tentar por as ideias e os sonhos no lugar, sejam eles em tons de cinza ou em tons de verde.
ResponderExcluirE mesmo com as mãos e os pés atados, sempre podemos dar um jeito de caminhar e abraçar.
Muito bonito seu texto Bruna. Parabéns!
Obrigada, Guilherme! xD
ResponderExcluirBuuuhhhhh....
ResponderExcluir[pasmei]
me encanto cada vez mais com suas palavras certas de maneira certa...
ficamos sempre com aquela vontade de quero mais!!
[belo texto!!]
sou sua fã tbm!!
;)
Brigada, Juh... Espero que tenha gostado do que fiz pra vc tbm! xD
ResponderExcluirA irresponsabilidade de tomar uma decisão, me falta muito isso justamente pelo propósito para um tudo
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