E se fosse possível voltar no tempo?
É com muita freqüência que me faço essa pergunta... muito provavelmente por achar que já errei demais nesses meus 20 anos de vida!
Gostaria muitíssimo que isso fosse possível, mas com duas regras básicas:
1. Voltar no tempo só seria possível uma vez em um intervalo de 10 anos (talvez 5, para não ser tarde demais) porque só assim, poderíamos amadurecer o suficiente para admitir o quão idiotas fomos no momento do erro.
2. Mudar o passado só seria permitido quando os erros gerassem uma conseqüência que, com o passar do tempo, se tornasse insuportável. Afinal de contas, caso fosse permitido a correção de qualquer deslize, acionaríamos o botão do “restart” até mesmo depois de calçar pares de meias diferentes.
Seria maravilhoso recuperar as oportunidades que deixamos escapar por entre os dedos por simples insegurança. Mais maravilhoso ainda seria poder desfrutar de suas conseqüências, das quais fomos privados pelo medo de arriscar um pouquinho mais.
Poderíamos resgatar não somente momentos, mas também pessoas que fizeram parte de nossas vidas e que eram essenciais, mas que nos deixaram, ou foram levadas de nós, por nossas escolhas.
E se tudo tivesse sido diferente?
E se ao invés de nos acomodarmos, tivéssemos corrido para aqueles braços que sempre estiveram esperando por um abraço?
E se ao invés de calar, deixássemos o orgulho de lado e disséssemos: “Ei!!! Aonde você pensa que vai??? Não vê que eu preciso de você?!”
E se escolhêssemos não nos envolver, ou então se soubéssemos reconhecer qual o momento certo de colocar um “ponto final” em tudo?
E se fosse possível voltar atrás para fazer as escolhas que na época não tivemos coragem de fazer?
Se tudo isso fosse possível, como seria a minha vida hoje? Onde eu estaria? Será que estaria mais ou menos feliz?
São perguntas que jamais vou conseguir responder... que permanecerão para sempre como uma lacuna que não pode ser preenchida, uma dúvida que jamais será esclarecida!
Saber que o tempo segue uma via de sentido único às vezes me desespera. Isso porque sei que o que quer que eu faça, bom ou ruim, jamais será apagado, esquecido, principalmente por mim mesma!
Tenho centenas de motivos para querer reviver alguns momentos e fazer com que o desfecho dos mesmos fossem diferentes. Por outro lado, sei que quem eu sou hoje está diretamente relacionado com tudo aquilo que já vivi, com ou sem arrependimentos. Errei muito mesmo, mas também acertei em algumas coisas. Foram duras as conseqüências dos meus erros, das minhas escolhas mal feitas, mas eu sobrevivi. E agora, depois de tudo, posso afirmar que sou mais “resistente” às agruras da vida... mais forte.
E é por isso que me questiono se essa tal de segunda chance é a alternativa mais justa. Se optar por “remendar” as coisas seria a escolha correta ou apenas mais um erro. Sei que agora estou contrariando tudo o que já disse anteriormente, mas como diz a minha mãe: “sou um jogo de contrários... um misto de opostos...”
E é assim que vivo. Vou seguindo entre meus acertos e erros... entre os meus arrependimentos... mas acima de tudo, sigo não só existindo, mas crescendo!
Se eu tivesse uma máquina do tempo mudaria tantas coisas... Será que essas mudanças realmente valeriam a pena? Esse texto me fez lembrar do filme Efeito Borboleta. Quem garante que consertar erros do passado não me trariam problemas?
ResponderExcluirEm alguns momentos eu queria ter uma segunda chance seguindo as condições sugeridas por você. Lindo Texto, você está de Parabéns!
E se tivessemos feito diferente? E se??? Ainda bem que erramos, pois daí há o aperfeiçoamento...
ResponderExcluirbjo