A pior solidão é aquela que nos ausenta de nós mesmos.
Porque não é suficiente que existam milhares de pessoas ao nosso redor, se nós não ocupamos o nosso lugar, se nós não nos habitamos. E ao invés de possuirmos o nosso domínio, passamos a ser o território das vontades e da satisfação dos outros.
E sem que possamos perceber, começamos a viver e a buscar, exclusivamente, a satisfação alheia.
De repente, quando nos damos conta, começamos a perceber que estamos vivendo tanto “para fora” que nos esquecemos de viver um pouco em nosso interior. É assim que descobrimos que há algo errado acontecendo... porque, mesmo que inconscientemente, sabemos que só é possível viver com qualidade “para fora” quando sabemos cultivar a nossa intimidade.
Para mim, ser ausente de si mesmo, é não ter o cultivo diário daquilo que somos. É não investir, mesmo que conhecendo o seu valor, nas nossas peculiaridades.
Todos os dias roubamos e somos roubados. E é muito difícil estabelecermos um limite.
Quanto do meu território eu posso permitir que o outro entre e tome posse?
Amizade, namoro e qualquer outro tipo de relacionamento baseia-se nisso, na autorização que damos ao outro para que ele entre em nossas vidas.
Mas, infelizmente, não é sempre que as pessoas entram com responsabilidade no território que pertence a nós. Muitas vezes agem desrespeitosamente... muchucam... ferem. E sabendo disso ou não, "vão embora".
E ao partirem levam consigo algo que nos pertence... uma pequena porção da nossa essência. E então, ficamos com aquela sensação de vazio e começamos uma nova busca por algo que possa nos preencher novamente.
Mais uma vez, como em tantos outros momentos de nossas vidas, serão as palavras e a presença daqueles que nos amam que irão nos direcionar. Porque se verdadeiramente nos amam, nos conhecem, nos respeitam e nos aceitam como somos... e assim, vão nos guiar de volta para “casa”...
...porque “há pessoas que nos roubam... e há pessoas que nos devolvem!”. **
(**Frase do livro Sequestro da subjetividade do Pe. Fábio de Melo.)
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Texto especialmente dedicado à Maria Clara... a minha Fofolete!
Olá :)
ResponderExcluirAdoreeiii o Blog! Parabénss!
"E ao partirem levam consigo algo que nos pertence... uma pequena porção da nossa essência. E então, ficamos com aquela sensação de vazio e começamos uma nova busca por algo que possanos preencher novamente."
é a mais pura verdade =X Texto muito bom....
Já to seguindo o blog.
http://corazonmexicano.blogspot.com/
Segue? =D
Bjs
As vezes eu sinto como se você entrasse na minha alma, e preenchesse todo o vazio que se faz presente. Mas como disse sabiamente o caro Rubem Alves : “Eu nunca entrei na sua alma, eu entrei na minha e a sua estava lá dentro.” Obrigada por entrar na sua alma, e alcançar a minha, suas palavras são encantadoras, muito lindas =)
ResponderExcluirLory,
ResponderExcluirFico muito grata pelos seus elogios, já sou tbm uma seguidora do seu blog!
Lice,
Obrigada por suas palavras e pela sua fidelidade!
Beijos às duas!
Amei o seu post e concordo com o que esta escrito,hoje em dia estamos mais preocupados com a nossa aparencia do q com o nosso exterior,mas o que esquecemos é q para entrar no paraiso não precisa ser bonito e sim ser belo bom dentro.Bjs adorei e to seguindo.
ResponderExcluirhttp://jaquellinee.blogspot.com/
Obrigada, Jaquelline!
ResponderExcluirSeja muito bem-vinda!!! E volte sempre!
Beijos!